ACES Oeste Norte aumenta capacidade para cerca de 2.800 vacinas diárias
O Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte aumentou capacidade de vacinação contra a covid-19 de cerca de 1.700 vacinas para uma média de 2.800, com a relocalização de dois centros de vacinação em pavilhões com maior capacidade.
© Chepa Beltran/Long Visual Press/Universal Images Group via Getty Images
País Covid-19
O aumento da capacidade de resposta resulta da mudança do centro de vacinação das Caldas da Rainha do pavilhão da Mata Rainha D. Leonor para o pavilhão do Arneirense e, em Peniche, de uma tenda para o pavilhão da escola Dom Luis de Ataíde, onde hoje os utentes destes concelhos começaram a ser vacinados.
De acordo com a diretora do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Oeste Norte, Ana Pisco, a relocalização dos centros dos dois concelhos, ambos no distrito de Leiria, representa "um aumento da capacidade de vacinação de cerca de 700 pessoas para cerca de 1.000, nas Caldas da Rainha, e de cerca de 250 para 500 pessoas em Peniche".
Para o aumento da média de inoculações no Oeste contribuirá ainda a abertura de um novo centro em Alcobaça, onde "na segunda-feira será feita a instalação da fibra ótica, aguardando a autorização de abertura nos dias seguintes", afirmou a responsável durante uma visita realizada esta manhã ao centro de vacinação das Caldas da Rainha.
Além do aumento de postos de vacinação, o ACES Oeste Norte "aumentou os recursos humanos, com a contratação - através de empresas de serviços - de pessoal de enfermagem, sobretudo, e de médicos para fazerem o acompanhamento", disse a diretora.
Segundo Ana Pisco, na região Oeste estão atualmente a ser vacinadas "pessoas abaixo dos 60 anos e já foi feito o reforço (segunda dose) das pessoas que tinham levado a vacina da Janssen", esperando-se que "o grande boom" de vacinação aconteça "nos meses de janeiro e fevereiro", com a administração do reforço aos utentes vacinados com a AstraZeneca até ao final de julho de 2021.
A velocidade de vacinação está a ser condicionada pelo elevado número de pessoas que "estão infetadas e não podem fazer a vacina, tendo de esperar o prazo determinado pela Direção-Geral da Saúde para poderem fazer a dose do reforço", disse Ana Pisco, sublinhando que no fim de semana existiam, na área do ACES, "cerca de 2.700 utentes em isolamento".
A relocalização do centro de vacinação das Caldas da Rainha foi financiada pela Câmara, que, segundo o presidente, Vitor Marques (Movimento Vamos Mudar), "investiu alguns milhares de euros na pintura e manutenção do espaço e na aquisição dos módulos para os postos de vacinação".
A autarquia criou ainda um parque de estacionamento para os utentes e alterou percurso dos autocarros Toma, que passam a ter uma paragem junto ao pavilhão.
"Temporariamente será ainda assegurado um serviço de 'shuttle' [transbordo] dos utentes que, não tendo conhecimento da mudança de local, se dirijam ainda ao Pavilhão da Mata", informou Vitor Marques.
O centro de vacinação das Caldas da Rainha é aquele que tem maior capacidade de resposta na área do ACES Oeste Norte, servindo os utentes deste concelho e do de Óbidos.
O agrupamento integra os centros de saúde de Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, responsáveis pela prestação de cuidados primários a cerca de 200 mil utentes.
A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.976 pessoas e foram contabilizados 1.412.936 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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