A leitura do acórdão do processo do assalto de Tancos foi marcada para sexta-feira, dia 7 de janeiro, avança a CNN Portugal.
A audiência tem início marcado, segundo o canal de televisão, para as 10h, no tribunal de Santarém.
Em causa estão um conjunto de crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
O processo tem 23 arguidos, entre os quais o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, o antigo diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), Luís Vieira, e o ex-porta-voz desta instituição militar, Vasco Brazão. Entre os acusados estão também vários elementos da GNR de Loulé.
Alguns dos arguidos estão acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis, enquanto outros, como Azeredo Lopes, que se demitiu do Governo no seguimento do processo, e os dois elementos da PJM, estão acusados da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.
Durante as alegações finais, o Ministério Público (MP) pediu a absolvição de 11 dos 23 arguidos, incluindo de Azeredo Lopes, considerando que a conduta do ex-governante se pautou apenas por uma "omissão do ponto de vista ético".
Já a pena mais grave, entre os nove e os dez anos de prisão, foi pedida para João Paulino, autor confesso do furto.
Recorde-se que o furto das armas foi divulgado pelo Exército a 29 de junho de 2017, com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material sido feita na região da Chamusca, Santarém, em outubro do mesmo ano, numa operação que envolveu a PJM em colaboração com elementos da GNR de Loulé.
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