O Partido Comunista Português (PCP) lembrou esta quinta-feira Amílcar Cabral, o fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que foi assassinado a 20 de janeiro de 1973, aos 48 anos, durante a luta contra o regime colonial português.
“Amílcar Cabral compreendeu, no quadro da resistência antifascista em Portugal, que não havia nenhuma alternativa para a libertação dos povos dominados que não fosse a independência e que o momento histórico de a conquistar tinha chegado”, começou por afirmar o partido português, numa série de publicações na rede social Twitter.
O político, refere o PCP, “teve o génio de idealizar, mobilizar pessoas e meios, organizar e liderar o movimento que havia de conduzir à independência da Guiné-Bissau em 1973 e de Cabo Verde em 1975” e estabeleceu como objetivos “não só a libertação nacional mas também a emancipação social”.
Amílcar Cabral compreendeu, no quadro da resistência antifascista em Portugal, que não havia nenhuma alternativa para a libertação dos povos dominados que não fosse a independência e que o momento histórico de a conquistar tinha chegado.
— PCP (@pcp_pt) January 20, 2022
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Amílcar Cabral é descrito como “o patriota, o internacionalista amigo dos comunistas portugueses e do povo português, o guerrilheiro superiormente dotado” e o “seu vil assassinato nem impediu que poucos meses depois em Madina do Boé fosse proclamada a independência da Guiné-Bissau nem matou os seus ideais”.
Amílcar Cabral foi morto em Conacri com um tiro à queima-roupa, oito meses antes da proclamação unilateral da independência da Guiné-Bissau, a 24 de setembro de 1973, supostamente por dois militantes do seu partido. No entanto, as circunstâncias da sua morte nunca foram totalmente esclarecidas.
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