Em declarações à agência Lusa, Paulo Machado, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), explicou que no plenário de hoje em que participaram "maquinistas e suas chefias -- encarregados de tração e inspetores de tração" foi decidido enviar um ofício à administração do Metropolitano com um prazo de resposta.
"O ofício irá elencar os problemas que os trabalhadores apontaram no plenário. Vamos dar um prazo de oito dias à empresa para que dê resposta e aponte a resolução do problema", disse, adiantando que os trabalhadores podem decidir por "um processo de luta", no qual, embora "não esteja no imediato apontada como solução, o recurso à greve não está descartado".
Segundo o sindicalista, os trabalhadores querem ver a resolução de "muitos dos seus problemas" que, no fundo, de acordo com o responsável, passa por "quererem o respeito por todos os acordos e protocolos firmados com a empresa, neste caso com o diretor da área operacional de tração, que continua a não cumprir e o conselho de administração tem sido inoperante para resolver a questão".
Segundo Paulo Machado, há cerca de 300 pessoas no universo de trabalhadores maquinistas, encarregados e inspetores de tração.
Os maquinistas e inspetores do metro reuniram-se em plenário entre as 13:15 e as 16:15, tendo o Metropolitano de Lisboa alertado na sexta-feira que o normal funcionamento do serviço poderia ser afetado entre as 12:45 e as 16:45.
Pelas 15:00, segundo a informação no site do Metropolitano de Lisboa, a circulação nas quatro linhas encontrava-se "condicionada", com o aviso da existência de "perturbações na circulação".
"O tempo de espera pode ser superior ao normal. Agradecemos a sua compreensão", podia ler-se no aviso que aparecia para as linhas Azul, Amarela, Verde e Vermelha.
O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 06:30 às 01:00 todos os dias.
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