Os dados facultados à Lusa pelo CHULC, que inclui os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Estefânia e a Maternidade Alfredo da Costa, indicam que até às 15h00 de hoje estavam internados 170 doentes, dos quais 162 em enfermaria (20 em pediatria) e oito em cuidados intensivos.
Há um ano, o CHULC registava 285 internamentos e há um mês, por altura do Natal, eram 84.
Questionada pela Lusa, fonte do CHULC explicou que é seguido um plano de contingência (já aplicado em anteriores fases da pandemia) que "ajusta o número de camas para Covid-19 de acordo com as necessidades de cada momento", lembrando que, em vagas anteriores, a lotação máxima para Covid-19 chegou a ser de 300 camas.
"A avaliação é feita diariamente", acrescentou a mesma fonte.
Nos cuidados de adultos, além do Serviço de Doenças Infecciosas - definido, desde o início da pandemia, como unidade de referência e que nunca deixou de receber doentes com Covid-19 -, o CHULC tem outros cinco serviços dedicados a doentes infetados com o coronavírus SARS-CoV-2.
Segundo o CHULC, os dados referentes ao passado dia 21 indicavam que cerca de metade dos doentes internados estavam positivos para o SARS-CoV-2, mas tinham sido internados por outras patologias.
A mesma fonte explicou ainda que as cirurgias urgentes são realizadas independentemente de o doente ter ou não Covid-19 e que as programadas (não-urgentes) "podem ser adiadas, sendo relevante a avaliação clínica caso a caso".
A realidade deste centro hospitalar não é muito diferente da do maior hospital do país, o Hospital Santa Maria, que triplicou desde o Natal o número de internados covid-19 e tem agora 115. Contudo, metade destes doentes foram internados por descompensações de outras doenças e para fazer cirurgias, só tendo percebido que estavam positivos na testagem feita antes do internamento.
Segundo disse à Lusa fonte do hospital, foram abertas três novas enfermarias no último mês e, neste momento, dos 115 doentes internados 16 estão em cuidados intensivos.
Uma destas novas enfermarias serve exatamente para doentes que estão a recuperar de cirurgias a que foram submetidos depois de terem sido internados e testado positivo para o SARS-CoV-2.
Os últimos dados da Direção-Geral da Saúde indicam que em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.661 pessoas com Covid-19 e foram contabilizados 2.312.240 casos de infeção.
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