Máscara, caneta e distância. Os conselhos para votar "em segurança"

Filipe Froes oferece algumas dicas sobre como "evitar o risco de contaminação" durante a ida às urnas.

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Ema Gil Pires
27/01/2022 00:02 ‧ 27/01/2022 por Ema Gil Pires

País

Coronavírus

A apenas quatro dias das eleições legislativas, que vão ser o terceiro momento eleitoral a decorrer em contexto de pandemia e que vão dar a possibilidade a pessoas infetadas com Covid-19 e em isolamento de irem votar, as questões de segurança inerentes ao processo estão verdadeiramente na ordem do dia.

Na 'Grande Entrevista' da RTP3 desta quarta-feira, o pneumologista Filipe Froes oferece algumas dicas sobre como "evitar o risco de contaminação" durante a ida às urnas.

"Antes de irem exercer o direito de voto", as pessoas devem sempre "lavar as mãos", precaução que deve também ter depois do processo e, claro está, antes de tocarem "com as mãos na face". "Manter a distância de segurança", "usar a própria caneta" e "depositar o seu próprio voto na urna" são mais algumas das dicas oferecidas pelo especialista.

O uso da máscara também não pode, logicamente, ser esquecido. O especialista fala ainda da recomendação da utilização, em concreto, das "máscaras FFP2", porque o "risco" destas deixarem "escapar secreções" é "reduzidíssimo".

Por sua vez, as pessoas que estão nas mesas de voto também deverão ter algumas precauções adicionais. Devem estar "em locais arejados", devidamente "protegidas e equipadas com equipamento de proteção individual" e, se possível, separadas das outras pessoas através de "acrílicos". O uso da "viseira", para uma "camada acrescida de segurança", pode também ser tido em consideração.

Na perspetiva de Filipe Froes, caso cumpridas as normas definidas pelas autoridades de saúde, o "risco" de contaminação por Covid-19 é "praticamente nulo". "Estão criadas as condições para a realização em segurança do ato eleitoral", independentemente dele decorrer em ambiente "exterior" ou "interior", defende mesmo o pneumologista.

Ainda assim, o médico defende que as pessoas infetadas com a doença que apresentem uma "febre que não cede aos antipiréticos" ou uma "tosse" mais intensa, com um maior "risco de expelir secreções", "não devem ir votar". Estando em condições para o fazer, devem optar por "ir a pé" ou em "transporte privado" até aos locais de voto, evitando o contacto com outras pessoas "em transportes públicos".

Filipe Froes lembra ainda que a quebra do isolamento para o exercício do direito de voto, tal como apresentado pelo Governo, se trata de uma "situação excecional". Ou seja, devem continuar a ser evitados todos os "contactos sociais de risco" e ser cumpridas todas as "regras determinadas pelas autoridades de saúde".

Leia Também: Em casa ou nos lares, cerca de 650 lisboetas votaram sem sair à rua

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