Ciberataques. Corporações de bombeiros atingidas recorreram ao SIRESP
Algumas corporações de bombeiros tiveram constrangimentos devido ao ciberataque à Vodafone, mas as operações de socorro não foram afetadas porque recorreram à rede de comunicações de emergência SIRESP, indicou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).
© Lusa
País Ciberataques
Num esclarecimento enviado à Lusa sobre os serviços tutelados pela Administração Interna afetados pelos ciberataque de que foi alvo a operadora de telecomunicações Vodafone Portugal, o MAI refere que em alguns corpos de bombeiros "verificaram-se constrangimentos", que "não afetaram as operações de socorro, uma vez que foi possível recorrer à utilização da rede de comunicações SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, que se manteve a operar sem falhas e sem qualquer constrangimento reportado".
O MAI acrescenta que, além da rede SIRESP, os corpos de bombeiros possuem ainda, como alternativa, a Rede Operacional de Bombeiros (ROB), que em caso de necessidade "garante as comunicações e desta forma a sustentação e o desenvolvimento das operações de socorro".
O Ministério da Administração Interna avança que as comunicações operacionais da Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras "não foram afetadas pelos problemas na rede da operadora Vodafone".
O MAI precisa que também as comunicações operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil "estão a funcionar em pleno, não tendo enfrentado quaisquer constrangimentos".
A operadora Vodafone assumiu hoje que foi alvo de um ciberataque na segunda-feira e disse que não tem indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos, estando determinada em repor a normalidade dos serviços.
O ataque informático à Vodafone Portugal afetou também os ATM da rede Multibanco e serviços essenciais que dependem desta rede, como o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
A Polícia Judiciária já anunciou que na sequência do ataque informático que afetou a operadora de comunicações Vodafone "iniciou desde logo uma investigação criminal" para apuramento da autoria do crime e seus efeitos colaterais.
A empresa disse que foi alvo de um "ciberataque deliberado e malicioso" com o objetivo de causar danos e perturbações e garantiu que assim que foi detetado o primeiro sinal de um problema na rede, agiu "de forma imediata para identificar e conter os efeitos e repor os serviços" e explica que a situação está a afetar a prestação de serviços baseados em redes de dados, nomeadamente rede 4G/5G, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz/digital.
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