"Há que colocar o cidadão no centro da decisão e da gestão da pandemia"
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde sublinhou que o alívio das medidas de combate à Covid-19 assenta numa “questão de responsabilidade individual” e, também, coletiva, naquilo que considera ser uma “mensagem de confiança”.
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País Covid-19
No rescaldo do anúncio do alívio das restrições impostas para o controlo da pandemia em Portugal, António Lacerda Sales, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, realçou à SIC Notícias tratar-se, acima de tudo, de “uma mensagem de confiança” para com os portugueses, naquele que descreve ser “um novo paradigma” da luta contra a Covid-19 no país.
“Este alívio de restrições é, acima de tudo, uma mensagem de confiança no caminho que os portugueses têm feito lado a lado com a ciência, com o bom senso e com a capacidade que têm de se ter conseguido ajustar às medidas que têm sido implementadas pelo Governo nestes últimos dois anos”, começou por dizer o responsável.
Nesse sentido, o país irá “avançar com segurança e com essa responsabilidade que os portugueses têm evidenciado”, naquela que o responsável descreve ser “numa fase diferente da pandemia”.
“Estamos numa fase diferente da pandemia, e num paradigma também diferente, em que há que colocar o cidadão no centro da decisão e da gestão da pandemia, com a sua responsabilidade individual e coletiva”, esclareceu, salientando que o alívio das restrições contra a Covid-19 teve como base essa “mensagem de confiança e de otimismo”, onde, apesar de tudo, reside “uma questão de responsabilidade individual”.
Ainda que os confinamentos passem a ser destinados apenas a quem teste positivo ao SARS-CoV-2, Lacerda Sales sublinhou que, caso seja detetada uma infeção num agregado familiar, as pessoas devem “continuar a utilizar as ferramentas que utilizaram na aprendizagem que tiveram durante esta pandemia”, entre as quais os testes à Covid-19 e o recurso à linha SNS24, “quando tiverem dúvidas”.
“A monitorização e vigilância terá esta componente de responsabilidade individual”, acrescentou.
Por outro lado, o responsável assegurou que, apesar de o uso do certificado digital passar a ser aplicado apenas em contexto de controlo fronteiriço, os portugueses “garantidamente” que continuarão a aderir ao processo de vacinação contra a Covid-19, que conta já com cerca de 8,8 milhões de pessoas totalmente vacinadas, e outras 5,7 milhões com dose de reforço.
Nesse campo, foi ontem anunciada a dose de reforço para “pessoas com imunossupressão grave, que receberam uma dose adicional para completar o esquema vacinal primário”, e para grávidas, “pelo risco acrescido de complicações relacionadas com a Covid-19 neste grupo”. Para a população em geral, contudo, Lacerda Sales disse que a sua administração se encontra “em discussão a nível internacional”, sendo necessária “maior evidência científica”.
Sobre o possível levantamento das restrições na primavera, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde salientou que a questão reside no elevado número de mortos que, ainda assim, “está a descer”.
“Prevemos que em cerca de quatro a cinco semanas podemos chegar aos 20 óbitos por milhão de habitantes, o que seria, de facto, um marco bom, no sentido de podermos aliviar completamente as medidas de restrição”, rematou.
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