"A atividade turística, na região Centro e em Portugal, estará na linha da frente, sendo também solidária como indústria da paz", declarou Pedro Machado à agência Lusa.
Realçando que o turismo "é seguramente a indústria mais apta" a receber trabalhadores de outros países, o líder da Entidade Regional de Turismo do Centro disse que ainda "não existe nenhum levantamento feito" quanto ao número de empresas disponíveis para isso na região e à capacidade de cada uma para empregar refugiados ucranianos.
"O turismo é hoje uma das atividades com maior necessidade de recursos humanos", referiu, salientando que o setor em Portugal já emprega atualmente indianos, paquistaneses e cidadãos de outros países asiáticos.
A indústria do turismo "é hoje o mais abrangente e democrático dos setores da economia" portuguesa, também porque compreende atividades que "vão do litoral ao interior", contribuindo para reforçar a coesão territorial, defendeu Pedro Machado.
Na sua opinião, "é obviamente um dado adquirido" que o turismo reúne "condições para integrar fácil e rapidamente" imigrantes e pessoas que fogem à guerra e procuram segurança e trabalho em Portugal.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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