Atendimento presencial na embaixada da Polónia reabre segunda-feira

O atendimento regular na embaixada de Portugal na capital da Polónia será retomado na segunda-feira, disse à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, após críticas de emigrantes ao encerramento do atendimento presencial devido à crise na Ucrânia.

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Lusa
11/03/2022 19:03 ‧ 11/03/2022 por Lusa

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MNE

 

"O atendimento consular regular na Secção Consular da Embaixada de Portugal em Varsóvia será retomado na próxima segunda-feira, dia 14 de março", disse uma fonte oficial do MNE à Lusa, salientando que os casos urgentes foram atendidos.

O atendimento de público regular na secção consular estava suspenso desde 03 de março, "devido à situação resultante da crise na Ucrânia", segundo uma mensagem publicada na página da embaixada na internet e assinada pelo embaixador português em Varsóvia, Luís Cabaço, que ressalva que seria garantido o atendimento de "casos urgentes devidamente fundamentados".

"A decisão de suspender temporariamente o atendimento regular ao público resultou da atual situação de emergência humanitária e do fluxo significativo de refugiados, nacionais e ucranianos, e motivou, aliás, um reforço de recursos humanos que permite agora o regresso ao seu normal funcionamento", salientou hoje o MNE, em resposta à Lusa, concluindo que "os casos urgentes devidamente fundamentados constituíram exceções a esta suspensão e foram atendidos".

No início da semana, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, anunciou que as embaixadas portuguesas em Varsóvia e em Bucareste vão ser reforçadas com uma equipa do IEFP e do SEF para responder aos pedidos de refugiados ucranianos requerentes de proteção temporária em Portugal.

"Portugal vai, por decisão do Conselho de Ministros, ter na embaixada em Varsóvia, mas também na embaixada em Bucareste quatro técnicos em cada uma. Dois do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e dois do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para promover o acolhimento em Portugal", disse, no âmbito de uma deslocação à Polónia e Roménia.

Em declarações à Lusa, o porta-voz de um grupo de portugueses residente na Polónia tinha dito que muitos emigrantes estavam desagradados com o encerramento do atendimento presencial.

"Nós, enquanto cidadãos portugueses na Polónia, deixámos de ter acesso a apoios de que precisamos na renovação de documentos e outros apoios que esperamos da embaixada", disse Nuno Gonçalves.

O emigrante diz que no grupo na rede social Facebook que junta a comunidade portuguesa, há cerca de 50 reclamações sobre o fecho do atendimento presencial.

"Há muita gente, cerca de 50, a queixarem-se, a dizer que tinham de fazer passaporte e que desmarcaram, que tinham de fazer o cartão do cidadão ou registar um filho, mas não posso dizer como estão os contactos, porque eu não precisei de contactar a embaixada, apenas sou o porta-voz deste grupo, não posso dizer se os contactos são fluidos ou não", concluiu Nuno Gonçalves.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO Rússia acusada de mentir; "Armas biológicas" na Ucrânia?

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