O Ministério da Defesa do Reino Unido voltou a avisar para o potencial uso de armas químicas por parte dos invasores russos na Ucrânia, acreditando que o Kremlin poderá ponderar uma estratégia de bandeira falsa para justificar mais ataques contra o povo ucraniano.
Numa comunicação publicada no Twitter, as autoridades britânicas afirmaram que uma operação de bandeira falsa "teria a forma de um ataque falsificado, uma 'descoberta' de agentes ou munições ou provas fabricadas de alegados planos da Ucrânia de usar estas armas".
"Um ataque de bandeira falsa seria quase certamente acompanhado de uma extensa desinformação para complicar a atribuição de responsabilidades", acrescenta o governo.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 14 March 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) March 14, 2022
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A Rússia tem acusado a Ucrânia de ter armas nucleares, mas o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reiterou, num discurso impactante, que "para se conhecer os planos da Rússia, basta olhar para o que a Rússia acusa os outros de fazer".
A Organização das Nações Unidas (ONU) também afirmaram que não há provas da Ucrânia ter armas químicas, algo reafirmado pelos britânicos. "Não vimos nenhuma prova que sustenta estas acusações da Rússia", dizem.
Apenas a China se manifestou do lado dos russos, dizendo que acredita na hipótese da Ucrânia ter armas químicas (Pequim tem-se mantido de fora da guerra, abstendo-se em todas as votações na ONU sobre a guerra na Ucrânia).
Há muto que o Ocidente acusa Moscovo de usar armas químicas ou de planear o uso de armas químicas, acusações que a Rússia tem tido dificuldades em desmistificar devido às suas ações. Por exemplo, quando a Síria usou armas químicas contra os rebeldes, a Rússia apoio o regime de Bashar al-Assad. E mesmo nesta guerra, os russos já usaram bombas de vácuos contra civis ucranianos.
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