Dois camiões com 30 toneladas de ajuda partiram hoje de Lisboa para Lviv

 Duas gerações de ucranianos residentes em Lisboa arrancaram hoje, pelas 11:00, com dois camiões até Lviv, na Ucrânia, para entregar 30 toneladas de donativos recolhidos nas 24 juntas da capital.

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Lusa
18/03/2022 14:40 ‧ 18/03/2022 por Lusa

País

Ucrânia

 

 Anatoli e Anton Tsylepa, pai e filho, esperam chegar a Lviv dentro de três dias e meio para descarregar as 14 mil caixas com produtos alimentares e de higiene, medicamentos, vestuário, material hospitalar e de primeiros socorros.

Nos camiões cedidos pelo grupo Jerónimo Martins vão também alimentação infantil, brinquedos, berços, camas, cadeiras e produtos de higiene para bebés.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, ao lado da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, colocou simbolicamente a última caixa num camião.

Carlos Moedas (PSD) realçou a solidariedade dos lisboetas e sublinhou que Lisboa é uma cidade aberta ao acolhimento de refugiados.

Pelo centro de acolhimento temporário de refugiados de Lisboa já passaram mais de 400 pessoas deslocadas da guerra e hoje são esperadas mais, segundo o autarca.

"Estamos a ajudar aqueles que chegam a encontrar desde o seu número de segurança social ou número de identificação fiscal, e tudo isso está a ser feito para depois encontrarmos soluções, que são temporárias ao princípio, seja o hotel, seja em casa de pessoas - a solidariedade aí também a funcionar", realçou o autarca.

Carlos Moedas precisou que, "neste momento" existem "pontos de encontro para a sociedade civil, aquela que traz pessoas e que vai buscar pessoas à Ucrânia, para poderem, quando chegam, também ter um ponto de encontro".

"E, portanto, esses pontos de encontro ficam em vários sítios da cidade, estamos a organizá-los e ainda hoje sabemos que vão chegar mais pessoas", afirmou.

Carlos Moedas destacou ainda que a Câmara de Lisboa recebeu mais de 3.000 contactos de pessoas que querem ajudar com casas ou ofertas de emprego e está a juntar a oferta com a procura.

Já a embaixadora ucraniana em Lisboa, Inna Ohnivets, agradeceu as parcerias e a solidariedade dos lisboetas e dos portugueses, destacando que agora o que é mais necessário são alimentos não perecíveis e água "para a população civil e para o exército ucraniano que está a lutar contra o exército russo".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,1 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados das Nações Unidas.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: ONU. Reservas de água e alimentos em Mariupol estão quase esgotadas

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