Bússola estratégica estabelece "intenção de reforçar as parcerias"

O ministro dos Negócios Estrangeiros esteve em Bruxelas onde se reuniu com os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus e os ministros da Defesa da União Europeia, o 'Conselho Jumbo'.

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Beatriz Maio
21/03/2022 19:38 ‧ 21/03/2022 por Beatriz Maio

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Negócios Estrangeiros

O ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou, esta segunda-feira, a aprovação de uma nova bússola estratégica da União Europeia. Augusto Santos Silva discursou em Bruxelas, depois da reunião conjunta entre os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus e os ministros da Defesa da União Europeia, o 'Conselho Jumbo', onde os 27 aprovaram formalmente o documento referente à orientação estratégica da política de segurança e defesa.

O conselho de Negócios Estrangeiros recebeu o vice primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros da Moldávia, com o qual teve uma troca de impressões "muito útil", avança Santos Silva. Para o ministro, a Moldávia é um dos países "mais exemplar no acolhimento de refugiados ucranianos". Contudo, tem sido "mais penalizado" tanto pelo decurso da guerra, como pelas consequências na economia, sociedade e capacidade logística.

O conselho debruçou-se também sobre a situação vivida no Mali, tendo decidido manter as missões da União Europeia (UE) no país africano enquanto aguarda a resposta das autoridades malianas à carta que Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, enviou. Segundo Santos Silva, essa resposta indicará "se existem ou não condições de prosseguir com a missão da UE ou devem ser tomadas novas medidas".

O ministro dos Negócios Estrangeiros informou que "o ponto essencial foi a aprovação pelo conselho desta formação da nova bússola estratégica da União Europeia", um documento de orientação da política da segurança e defesa da UE. Segundo Santos Silva, o seu conteúdo representa não só a avaliação dos ministros de segurança e do ambiente estratégico que rodeia a União, como define a visão estratégica comum, estabelece os novos meios que "temos ao nosso dispor para defender a nossa segurança e dos cidadãos" e "define um conjunto de objetivos e de metas a prosseguir até 2030, no sentido do reforço e capacidade de defesa da UE".

Segundo o ministro, os compromissos mais importantes que constam da bússola estratégica são o reforço das missões militares e civis da política comum da segurança e defesa - que envolvem cerca de 4.000 militares dos países dos estados membros da UE -, nas suas palavras, "um dos compromissos da bússola estratégica que mais diz a Portugal".

O segundo compromisso é a dotação pela UE "de uma capacidade própria de resposta rápida a situações de crise", informou o ministro, acrescentando que "está previsto que essa capacidade de resposta rápida envolva até 5.000 militares e que esteja totalmente operacional até 2025".

Por fim, Santos Silva revelou que a bússola estratégica estabelece "com bastante clareza a intenção de reforçar as parceiras com outras organizações", como com as Nações Unidas, a NATO, a Organização de Segurança e Cooperação da Europa, a União Africana, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e ainda um conjunto de parcerias bilaterais com os Estados Unidos, Canadá, Noruega , entre outros.

Leia Também: Gomes Cravinho: Países europeus "estão a investir largamente na defesa"

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