Consagração da Rússia e Ucrânia pretende "expulsar demónios da guerra"
O Esmoler Apostólico, cardeal Konrad Krajewski, que hoje, como Legado Pontifício, presidirá na Capelinha das Aparições, em Fátima, à consagração da Rússia e da Ucrânia, disse que com este ato se pretende "expulsar os demónios da guerra".
© Getty Images
País Rússia
"Hoje, no Santuário de Fátima, queremos consagrar a Rússia e Ucrânia a Nossa Senhora, na recitação do Rosário. Queremos expulsar estes demónios da guerra, porque o que está a acontecer, debaixo dos nossos olhos, parece uma coisa diabólica, onde, sem piedade e sem qualquer razão, estão a ser mortas crianças e mulheres", disse o cardeal Konrad Krajewski, que antes da cerimónia na Capelinha das Aparições falou aos participantes no Congresso Internacional "Maria, Mulher e Mãe", que decorre até sábado.
Na ocasião, o cardeal polaco disse que os católicos têm "uma arma sofisticada: a oração, o jejum e a esmola".
"Convido-vos a usar esta arma e vereis que teremos um milagre", acrescentou.
"Cheguei há uma semana da Ucrânia. No encontro que tivemos com diversos chefes de religiões e confissões, recordámos que a arma mais sofisticada do mundo é a nossa oração, com a qual conseguimos transportar montanhas, inclusivamente a montanha da guerra estúpida. Temos três armas sofisticadas, das quais fala o evangelho: a oração, o jejum e a esmola", afirmou.
Entretanto, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, citado pela agência Ecclesia, considerou hoje que o ato de consagração ao Imaculado Coração de Maria, promovido pelo Papa, representa um gesto pela paz, perante a ameaça de uma nova guerra mundial.
"Uma Ato de Consagração significa pedir a paz como dom de Deus, mas pedir também a Deus que toque o coração dos decisores políticos, para que encontrem caminhos justos para a solução dos problemas, que nunca podem ser a guerra. A guerra nunca é solução", afirmou o responsável pelo Santuário de Fátima.
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