Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, visitou, esta segunda-feira, um centro humanitário em Bucha - cidade onde foram encontrados corpos em valas comuns e cadáveres nas ruas, num massacre atribuído às tropas russas -, e foi fotografado junto de embalagens de produtos portugueses.
As imagens do momento, que circulam nas redes sociais, mostram o chefe de Estado ucraniano a cumprimentar populares de Bucha perto de bens alimentares doados ao país devido à guerra. Entre estes, estavam leites Mimosa e sumos da marca Fresky.
Algumas das fotografias foram, inclusivamente, partilhadas pelo ministério da Defesa da Ucrânia.
@ZelenskyyUa:
— Defence of Ukraine (@DefenceU) April 4, 2022
We have strong, kind and die-hard people. Once again, I was convinced in this during a conversation at the center for the provision of humanitarian assistance in Bucha. pic.twitter.com/cioHhfhYMA
Leite Mimosa e sumos Fresky, provavelmente doações de portugueses. Chegaram ao destino! 🇵🇹️🇺🇦 https://t.co/DezT1Ut9SB
— Bossito (@bossito) April 4, 2022
A comunidade internacional tem reagido à denúncia das autoridades ucranianas da existência de mais de 400 cadáveres nas ruas de Bucha, a oeste de Kyiv, no seguimento da ocupação pelas forças russas, situação também documentada no terreno por vários media internacionais. Já a Rússia negou "categoricamente" as acusações de "massacre" e "genocídio".
Recorde-se que o país de Vladimir Putin lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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