No seu espaço de comentário semanal na TVI, Paulo Portas falou sobre adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, garantindo que esta é "uma das maiores derrotas estratégicas a longo prazo" para Putin.
"A invasão da Ucrânia tornou óbvia a pergunta: depois da Ucrânia quem é o próximo?", frisou Paulo Portas, lembrando que estes dois países eram neutrais de forma diferente.
"Estamos a falar de dois países que não causam problema à NATO", e que são "muito avançados do ponto de vista tecnológico, boa indústria de defesa e com várias componentes diferentes em termos de Forças Armadas", disse.
O comentador lembrou que "a Suécia é o país número 85 do mundo mas está entre os 25 primeiros orçamentos de Defesa desde a Crimeia. A Finlândia tem uma das maiores forças de reserva do mundo - mais de um milhão, das quais 700 mil podem ser mobilizadas em poucos dias". "A Europa percebeu que não há paz sem Defesa", opinou ainda.
Sobre a atual situação da guerra, o comentador considera que o momento é de "impasse menos favorável aos russos". "Em Kharkiv os russos têm de retroceder. Os russos não são capazes de tomar uma única cidade grande", afirmou. Quanto ao Donbass, "há avanços" dos russos, disse, mas "muito lentos".
Paulo Portas falou ainda das mortes de oligarcas russos em circunstâncias pouco claras. "Os oligarcas que desapareceram são todos das áreas do petróleo, do gás e da banca, das grandes companhias estatais nestas áreas. (...) Acontecem ou porque são pessoas que foram apanhadas pelas sanções, altamente endividadas ou submetidas a vendetas", disse.
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