O corpo de João Rendeiro poderá ficar na África do Sul e até ser cremado, uma vez que, até ao momento, a família do ex-banqueiro não mostrou intenção de dar início ao processo de trasladação.
A SIC avança que os serviços consulares têm mantido contacto com os representantes da mulher de Rendeiro, mas, até ao momento, Maria de Jesus ainda não terá dado palavra sobre que destino pretende que seja dado ao corpo do marido.
João Rendeiro não tinha irmãos, não deixou filhos e os pais já morreram há vários anos, pelo que a mulher é a família que restava.
Ainda segundo a estação, a trasladação para Portugal só será possível se a família a solicitar, pelo que o corpo continua na morgue. Se não for transportado para Portugal será tratado como indigente e acabará por ser cremado, prática comum naquele país.
O antigo presidente do BPP João Rendeiro, detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal, morreu a 12 de maio, na prisão de Westville.
João Rendeiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.
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