Organizações de Direitos Humanos unem-se na criação de plataforma

Amnistia Internacional Portugal trabalhará em conjunto com sete organizações que atuam em distintas áreas de Direitos Humanos.

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Beatriz Maio
23/05/2022 17:32 ‧ 23/05/2022 por Beatriz Maio

País

Direitos Humanos

A Amnistia Internacional Portugal, em conjunto com sete organizações de direitos humanos nacionais uniram-se na criação de uma Plataforma de Direitos Humanos dedicada não só ao fortalecimento do "espaço da sociedade civil", como à "atuação de organizações de promoção e defesa dos Direitos Humanos" no nosso país.

Em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a Amnistia Internacional Portugal divulgou que este projeto piloto conta com diversas organizações que atuarão em distintas áreas dos Direitos Humanos, entre as quais a ACTUAR - Associação para a Cooperação e o Desenvolvimento, a Akto - Direitos Humanos e Democracia, a APF -Associação para o Planeamento da Familia, a APMJ - Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, a FENACERCI - Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social, a ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo e o IGC - Ius Gentium Conimbrigae, instituto de investigação em direitos humanos da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Segundo a Amnistia Internacional Portugal, o objetivo desta plataforma é juntar organizações e criar entreajuda. Outro dos focos é o "diálogo com o poder e decisores políticos", de forma incidir também na formulação de políticas públicas que tornem os direitos humanos mais presentes.

Pedro Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional em Portugal, explicou que foram convidadas "organizações de defesa dos direitos humanos a juntarem-se a esta Plataforma, para  uma união de esforços pelos mesmos objetivos e para ampliar as mensagens em prol da proteção dos direitos humanos em Portugal, livre de discurso de ódio e em benefício de todas as pessoas".

O responsável frisou que a pandemia e a crise socioeconómica deixaram "milhares de famílias em situação de maior fragilidade no que diz respeito aos direitos económicos, sociais e culturais", acrescentando, na mesma nota, que "o acesso à habitação, a inflação, a escassez de bens essenciais que advirá das alterações climáticas, não deixam adivinhar tempos que permitam hesitação no que toca à defesa dos direitos humanos em Portugal”.

A primeira Conferência Internacional parte desta iniciativa decorrerá no dia 8 de junho, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde serão debatidas sinergias entre organizações da sociedade civil e estarão presentes convidados internacionais para "uma reflexão-ação sobre a importância destas plataformas e o potencial de impacto positivo em direitos humanos".

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