"Aparentemente, à luz dos dados que conseguimos recolher neste fim de semana, os indicadores são positivos porque cumprimos um dos objetivos que era reduzir os tempos de espera no aeroporto", disse aos jornalistas José Luís Carneiro à margem do congresso dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
O ministro salientou que os dados recolhidos mostram que "houve uma redução muito significativa nos tempos de espera no aeroporto para os fluxos de passageiros que vêm sobretudo fora da União Europeia e fora do Espaço Schengen".
O governante ressalvou que o grande fluxo de passageiros, nomeadamente no aeroporto de Lisboa, ocorre entre as 05:00 e a hora do almoço.
José Luís Carneiro chamou também à atenção para o que se está a passar em outros aeroportos internacionais, onde muitos já tiveram que suspender "voos por falta de condições, de resposta para o crescimento exponencial".
O ministro admitiu ainda a existência de filas nos aeroportos portugueses, tendo em conta que "quando afluem cinco ou seis mil pessoas para 16 boxes de atendimento é natural que haja algum tempo de espera".
O plano de contingência para os postos de fronteira dos aeroportos portugueses para o período de junho a setembro de 2022 foi anunciado na semana passada e entrou em vigor na última quinta-feira em Faro e no dia seguinte em Lisboa, entrando em funcionamento nos restantes aeroportos de forma faseada até ao fim da primeira quinzena de junho.
Segundo o plano de contingência, os aeroportos nacionais vão ter um reforço de 238 elementos do SEF e da PSP durante os meses de verão, mais 82% do que o efetivo atual nos postos de fronteira, sendo o maior aumento em Lisboa e Faro.
No total, os aeroportos portugueses vão ter 529 elementos para fazer controlo de fronteiras aos passageiros provenientes de voos de países fora da União Europeia.
O plano conta ainda com um reforço de com 168 agentes da PSP e meios eletrónicos no aeroporto de Lisboa.
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