Portugal soma mais 13 casos associados ao vírus Monkeypox, elevando o total de contágios para 166, segundo dados revelados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), esta terça-feira.
Com base nos casos confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a entidade realça que a maioria das infeções foram, até ao momento, notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, ainda que também existam registos de casos nas regiões Norte e Algarve.
A DGS salienta ainda que "todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos", assegurando que "os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis".
Além disso, o organismo complementa que a "informação recolhida nos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional", continuando a DGS a acompanhar a situação a nível nacional, em articulação com as instituições europeias.
Um relatório divulgado pela entidade, na segunda-feira, revela que curva epidémica do vírus Monkeypox "mostra diferentes vias de exposição, incluindo a presença em locais específicos", entre estes "saunas utilizadas para encontros sexuais, viagens ao estrangeiro (Espanha, Reino Unido e Brasil) durante o período de incubação e contacto com cidadãos não portugueses".
Recorde-se que o Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido através de lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
O tempo de incubação é, geralmente, de sete a 14 dias, e a doença, endémica na África Ocidental e Central, dura, em média, duas a quatro semanas.
A DGS recomenda ainda que quem apresente lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procure aconselhamento médico.
[Notícia atualizada às 13h11]
Leia Também: Origem dos casos de Monkeypox em viagens e saunas para encontros, diz DGS