A pintora Paula Rego, uma das mais aclamadas e premiadas artistas portuguesas a nível internacional, morreu na manhã de hoje em, aos 87 anos, disse à agência Lusa fonte próxima da família.
Na sua conta na rede social Twitter, o presidente da Assembleia da República escreveu: "Paula Rego soube explorar os nossos sonhos, os nossos medos, as nossas histórias, a nossa condição".
Para Augusto Santos Silva, cada quadro de Paula Rego "é um dardo atirado contra o preconceito, a dominação, a indiferença".
"Muito, muito obrigado, Paula Rego", acrescentou.
Paula Rego soube explorar os nossos sonhos, os nossos medos, as nossas histórias, a nossa condição. Cada quadro seu é um dardo atirado contra o preconceito, a dominação, a indiferença. Muito, muito obrigado, Paula Rego!
— Augusto Santos Silva (@ASantosSilvaPAR) June 8, 2022
Paula Rego estudou nos anos 1960 na Slade School of Art, em Londres, onde se radicou definitivamente a partir da década de 1970, mas com visitas regulares a Portugal, onde, em 2009, foi inaugurado um museu que acolhe parte da sua obra, a Casa das Histórias, em Cascais.
Nascida a 26 de janeiro de 1935, em Lisboa, foi galardoada, entre outros, com o Prémio Turner em 1989, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013, além de ter sido distinguida com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 2004. Em 2010, recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes.
Em 2019, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.
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