OE2022? "Tenciono promulgar entre hoje e amanhã, se possível ainda hoje"
Marcelo Rebelo de Sousa anunciou promulgação após a missa em homenagem às vítimas de Pedrógão Grande.
© Getty Images
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu, esta sexta-feira, a possível promulgação do Orçamento do Estado de 2022 "entre hoje e amanhã".
"Tenciono promulgar entre hoje e amanhã, se possível ainda hoje", admitiu em declarações aos jornalistas após ter assistido à missa em homenagem às vítimas de Pedrógão Grande, que decorreu em Castanheira de Pera.
O chefe de Estado adiantou que, ao promulgar, dirá as questões que estão presentes no seu espírito.
Marcelo afirmou que estaria em Castanheira de Pera "um curto espaço de tempo para estar solidário" com as vítimas, mas que posteriormente rumava a Belém para se debruçar sobre o OE2022.
O Presidente tem um prazo de vinte dias contados da receção do Orçamento do Estado para o promulgar ou exercer o seu direito de veto, podendo também pedir a apreciação preventiva da sua constitucionalidade, dispondo nesse caso de um prazo de oito dias a contar da data da receção do diploma para o fazer.
Marcelo Rebelo de Sousa, indicou, no início do mês, que o veto do OE2022 teria "um custo enorme" para o país, dando a entender que o deverá promulgar depois de chegar ao Palácio de Belém.
Pedrógão? "Em matéria de prevenção e resposta, aprenderam-se as lições"
Após ter assistido à missa pelas vítimas da tragédia, o antigo professor catedrático manifestou que "em matéria de prevenção e resposta aprenderam-se lições com o que aconteceu e hoje há uma capacidade maior de prevenção e, sobretudo, de resposta àquilo que aconteceu ou pode vir a acontecer".
Quanto à mudança na gestão da floresta, Marcelo considera que essa é uma parte que "tem vindo a ser mais difícil de ultrapassar". "É uma coisa que demora muito tempo a fazer, muito de médio e longo prazo e está ligada à riqueza e economia da sociedade", frisa o chefe de Estado.
Outra questão que atrasa a mudança é "o arranque das economias locais". "Temos noção de que as populações fizeram um grande esforço, mas continuam a ser economias em muitos aspetos pobres e que a própria pandemia caiu em cima do que tem sido vivido aqui depois de 2017", detalhou.
Esta sexta-feira, pelas 17h00, decorreu na Igreja Matriz de Castanheira de Pera, outro dos concelhos mais atingidos, assim como Figueiró dos Vinhos, foi celebrada uma missa pelas vítimas dos incêndios, cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Às 18h30, decorre um concerto, com repetição no sábado, com a participação dos artistas internacionais Thi-mai Nguyen, Aveline Monnoyer, Julien Brocal, Astrig Siranossian e Elsa de Lacerda. A entrada é gratuita.
Em 17 de junho de 2017, os incêndios de Pedrógão Grande provocaram 66 mortos e 253 feridos, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas. A maioria das vítimas mortais morreu na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
[Notícia atualizada às 18h32]
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