O primeiro-ministro português, António Costa, recorreu à rede social Twitter para confirmar que falou, esta terça-feira, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a propósito da candidatura do país à União Europeia (UE).
Durante a mesma conversa, o governante português terá confirmado a Zelensky que, "na sequência do parecer da Comissão Europeia, Portugal apoiará a concessão do estatuto de candidato à Ucrânia no Conselho Europeu" agendado para 23 e 24 de junho, em Bruxelas.
No contexto dessa chamada telefónica, António Costa diz ainda ter manifestado a "disponibilidade" de Portugal para "aprofundar o apoio político e técnico ao processo de adesão ucraniano".
Falei hoje com @ZelenskyyUa. Confirmei que, na sequência do parecer da @EU_Commission, #Portugal apoiará a concessão do estatuto de candidato à #Ucrânia no @EUCouncil. Manifestei a nossa disponibilidade para aprofundar o apoio político e técnico ao processo de adesão ucraniano. pic.twitter.com/vjuwuWSjPa
— António Costa (@antoniocostapm) June 21, 2022
Estes 'posts' surgem já depois do presidente ucraniano ter recorrido à mesma rede social para dar conta desta "reunião" com o primeiro-ministro de Portugal. "Agradeci-lhe o apoio de Portugal para a atribuição à Ucrânia do estatuto de candidato à adesão à UE. Concordámos usar a experiência de Portugal na nossa aproximação à UE", escreveu Zelensky no Twitter.
Провів розмову з Прем’єр-міністром @antoniocostapm. Подякував за підтримку 🇵🇹 надання Україні статусу кандидата на вступ до ЄС. Домовилися залучати досвід Португалії в нашому зближенні з ЄС. #EmbraceUkraine
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 21, 2022
Espera-se que, no Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, os 27 Estados-membros do bloco europeu decidam acerca do parecer elaborado a 17 de junho pela Comissão Europeia. Em causa está um documento que recomenda a atribuição do estatuto de país candidato à adesão à Ucrânia, bem como à Moldova.
No mesmo dia da emissão desse parecer, o chefe do Governo português tinha já dado conta de que o país que lidera iria acompanhar a recomendação do executivo comunitário, algo que acabaria por reforçar hoje, uma vez mais.
Menos de uma semana após o início da invasão russa sobre o país, a 24 de fevereiro, a Ucrânia apresentou formalmente a sua candidatura à adesão ao bloco europeu. Depois, no início de abril, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entregou em mão, em Kyiv, ao presidente ucraniano o questionário que as autoridades ucranianas entretanto preencheram e remeteram a Bruxelas.
Falta, agora, apenas conhecer o 'veredicto' europeu quanto à concessão do estatuto de candidato à Ucrânia - algo que se espera que aconteça no final desta semana.
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