Meteorologia

  • 15 NOVEMBER 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Mãe da menina foi "ardilosamente enganada" por causa de 400 euros, diz PJ

As três pessoas detidas por suspeita do homicídio de uma menina em Setúbal são uma mulher a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, e o marido e a filha desta suspeita, segundo a PJ. São desmentidos indícios de eventuais agressões sexuais na autópsia.

Mãe da menina foi "ardilosamente enganada" por causa de 400 euros, diz PJ
Notícias ao Minuto

11:54 - 23/06/22 por Lusa

País Setúbal

O coordenador da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, João Bugia, disse hoje à Lusa que a mãe da menina, de 3 anos, e o padrasto foram também ouvidos durante a noite na Polícia Judiciária (PJ), mas não foram constituídos arguidos.

Os três detidos são suspeitos dos crimes de rapto, extorsão, ofensas à integridade física e homicídio qualificado.

Num comunicado divulgado ao início da manhã de hoje, a Polícia Judiciária tinha referido apenas as detenções um homem de 58 anos e duas mulheres de 52 e 27 anos, sem identificá-los.

A morte da menina ocorreu na segunda-feira, depois de a mãe ter ido buscá-la a casa da suspeita, identificada pela progenitora às autoridades como ama da criança.

De acordo com a mãe, a menina esteve cinco dias ao cuidado da mulher e tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica.

A criança foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos.

Segundo João Bugia, a mãe da menina foi "ardilosamente enganada" e levada a entregar a filha por conta de uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.

"A mulher agora detida convenceu a mãe a levar a criança a sua casa com o pretexto de que a menina poderia ficar a brincar com a neta, da mesma idade, enquanto conversavam sobre a dívida", referiu.

No entanto, segundo o coordenador da PJ de Setúbal, não foi permitido à mãe da menina levar a criança de volta para casa.

Nos cinco dias em que a criança permaneceu na casa dos detidos, terá sofrido maus-tratos severos.

João Bugia revelou ainda que, apesar de haver algumas suspeitas iniciais de eventuais agressões sexuais contra a criança, esses indícios não foram confirmados na autópsia realizada na quarta-feira.

O coordenador indicou que os suspeitos serão presentes a tribunal hoje à tarde ou na sexta-feira.

Leia Também: Morte de criança em Setúbal. Ama, marido e filha detidos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório