Tom morreu aos 23 anos num acidente. Mas, nesse momento, salvou 13 vidas

Pais do jovem autorizaram a doação dos seus órgãos. Processo demorou 11 horas, mas salvou 13 pessoas.

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Notícias ao Minuto
15/03/2025 18:41 ‧ há 8 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

França

Tom (nome fictício) morreu num acidente rodoviário, aos 23 anos, em Rennes, França. Mas, no dia em que perdeu a vida, salvou a de 13 pessoas, ao doar os seus órgãos.

 

Na sequência do acidente, o jovem sofreu danos cerebrais "irreversíveis" e, na sala de espera do hospital, os pais tiveram de tomar uma decisão em poucos minutos: "Tom era um doador de órgãos?"

Num país onde todos os dias duas a três pessoas morrem porque não conseguem encontrar um doador, os familiares de Tom não tiveram dúvidas: "Conhecendo nosso filho, a decisão era óbvia para nós", revela o pai ao jornal Ouest-France.

Tom doava sangue regularmente e era descrito como generoso. Sobre doar as córneas, o pai do jovem hesitou, mas rapidamente se lembrou de uma discussão que tinham tido em tempos: "Se eu morrer, quero doar tudo. É melhor", defendera o jovem.

Os pais de Tom deram, enfim, permissão para que os médicos removessem todos os órgãos viáveis. A colheita demorou onze horas, para que fossem retirados coração, fígado, pâncreas, fêmur, ambos os rins, córneas, artérias femorais e veias, que salvaram a vida a treze pessoas naquela noite.

"Ele não morreu à toa", acredita a mãe, aliviada por ter encontrado o corpo do filho em boas condições. "Quando o devolveram, era como se ele estivesse a dormir."

Comovidos, os profissionais de saúde aproveitaram a oportunidade para lançar um apelo: "Posicionem-se enquanto estão vivos" sobre a doação de órgãos, já que, em França, a taxa de recusa está a aumentar e muitas vezes os familiares recusam ou ignoram os desejos do falecido. 

Em Portugal, atualmente, o processo funciona de maneira oposta. "De acordo com a legislação portuguesa, todos podem ser considerados potenciais dadores, desde que não expressem oposição à dádiva no Registo Nacional de Não Dadores", lê-se na página do Serviço Nacional de Saúde.

Podem ser doados rins, fígado, coração, pâncreas e pulmões. "De um dador de órgãos podem também ser colhidos: tecidos osteotendinosos (como osso, tendão e outras estruturas osteotendinosas); córneas; válvulas cardíacas; segmentos vasculares; e pele."

Leia Também: Transplante com dador vivo de rim aumenta e é 12% da transplantação renal

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