"Isso acontecerá num futuro não muito distante", revelou Trump aos jornalistas durante uma reunião do novo conselho de administração do Kennedy Center, um centro cultural famoso da capital Washington.
O chefe de Estado norte-americano observou ainda que altos funcionários do governo chinês, "logo abaixo" de Xi, visitarão em breve a capital dos EUA, embora não tenha adiantado nomes ou detalhes sobre possíveis datas.
Trump mencionou a visita de Xi ao referir que recebeu visitas de líderes estrangeiros na Casa Branca nas últimas semanas e perguntou-lhes como estava Washington.
O republicano frisou que está a "limpar Washington", incluindo tentar limpar tendas usadas por sem-abrigo e grafítis.
Na semana passada os meios de comunicação social norte-americanos tinham noticiado que Washington e Pequim iniciaram discussões sobre uma cimeira entre os líderes dos dois países, em junho, nos Estados Unidos.
A imprensa chinesa tinha já sugerido a possibilidade de um encontro em abril.
Também o jornal de Hong Kong South China Morning Post avançou que Trump poderá deslocar-se à China em abril para se encontrar com o homólogo chinês, Xi Jinping.
Desde a vitória do republicano nas presidenciais norte-americanas, em novembro, que Trump e Xi manifestaram interesse na realização de uma cimeira.
Desde a posse de Trump, em janeiro, a administração norte-americana ameaçou, e depois suspendeu, taxas alfandegárias sobre o México e o Canadá, ao mesmo tempo que se comprometeu a punir também a Europa e outros parceiros comerciais.
Até agora, a China é o único país que enfrentou efetivamente aumentos generalizados das taxas decididos por Trump.
A Casa Branca impôs taxas adicionais de 20% sobre todos os bens oriundos da China, citando o papel do país asiático na crise do fentanil nos EUA.
Pequim retaliou rapidamente com taxas próprias, adaptando a resposta para evitar uma escalada das tensões.
Outras ações que estão a ser consideradas pela equipa comercial de Trump incluem restringir o investimento chinês nos EUA e o investimento norte-americano na China, visar indústrias dominadas pela China, como a construção naval, e limitar ainda mais a venda de produtos de alta tecnologia a empresas chinesas.
Trump e Xi já tinham conversado por telefone em janeiro, dias antes da tomada de posse do norte-americano para o seu segundo mandato, numa conversa em que discutiram as relações comerciais e o futuro nos Estados Unidos da rede social TikTok, da empresa chinesa ByteDance.
Donald Trump disse estar aberto a negociar um novo acordo comercial com a China e elogiou Xi repetidamente.
Os dois líderes chegaram a um acordo em 2020 para pôr fim à guerra comercial que prejudicava ambas as economias.
No entanto, as relações bilaterais deterioraram-se com a pandemia de covid-19, que Trump atribuiu à China.
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