Setúbal. Dívida que mãe tinha com falsa ama estará ligada a bruxaria
PJ tinha confirmado dívida de 400 euros. Segundo a CNN Portugal, mãe da criança tinha recorrido à suspeita para bruxaria.
© Global Imagens
País Setúbal
Bruxaria estará na origem da dívida que a mãe da criança, de três anos, que morreu em Setúbal, tinha para com a falsa ama suspeita do homicídio, segundo avança a CNN Portugal.
Segundo noticia a estação televisiva, a mãe da menor teria problemas com o marido, recorrendo, por isso, a rezas. Ao longo do tempo, a suspeita terá exigido cada vez mais dinheiro até que a mulher deixou de pagar.
Foi então que a agora detida atraiu a mãe da menina para um encontro, indicando que a iria ajudar com uma última reza, e sugeriu que esta levasse a criança para brincar com a sua neta durante esse período.
Mãe da menina foi "ardilosamente enganada"
Recorde-se que, depois de informar acerca das detenções da alegada ama e de mais duas pessoas (o marido e a filha da suspeita), a Polícia Judiciária (PJ) confirmou a existência de uma dívida. Os três estão indiciados por rapto, extorsão, ofensas à integridade física e homicídio qualificado.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, João Bugia, disse que a mãe da menina foi "ardilosamente enganada" e levada a entregar a filha por conta de uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.
"A mulher agora detida convenceu a mãe a levar a criança a sua casa com o pretexto de que a menina poderia ficar a brincar com a neta, da mesma idade, enquanto conversavam sobre a dívida", referiu o coordenador, indicando que não foi depois permitido à mãe levar a criança de volta para casa.
Nos cinco dias em que a criança permaneceu na casa dos detidos, terá sofrido maus-tratos severos.
A morte da menina ocorreu na segunda-feira, depois de a mãe ter ido buscá-la a casa da suspeita, identificada pela progenitora às autoridades como ama da criança.
A criança foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos.
A mãe da menina e o padrasto foram também ouvidos durante a noite pela PJ, mas não foram constituídos arguidos.
O coordenador indicou que os três suspeitos serão presentes a tribunal hoje à tarde ou na sexta-feira.
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