Em declarações aos jornalistas, depois de um conjunto de encontros bilaterais durante a conferência da ONU que decorre na Altice Arena, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o dia trouxe "muito boas notícias", salientando os compromissos assumidos por diversos países, incluindo Portugal.
"Foi positivo. Além de haver o alarme, além de haver a crítica, além do reconhecimento de que não se andou tão depressa quanto se devia, a ideia de que há já quem esteja a dar passos importantes para não ser só conversa, conversa, conversa, sem ação", destacou.
Questionado sobre o porquê de esta conferência ser diferente de outros compromissos já assumidos no passado, o chefe de Estado português começou por responder que já houve "um tratado sobre os plásticos nos oceanos", que foi "uma conquista fundamental" e que se está "a poucos meses" de fechar um tratado global "sobre biodiversidade".
"Depois, porque há decisões unilaterais de estados que, em muitos sítios, no Pacífico isso é muito claro, mas um pouco em todos os oceanos, são já medidas vinculativas de proteção", destacou.
Marcelo reconheceu que "o passo ainda é lento" mas por comparação "há 10, 15 ou 20 anos, é outro mundo".
"Já não é só conversa, já há medidas que estão a ser tomadas: quando há uma zona protegida nas selvagens, nos Açores, que está a nascer, isso não é conversa, é a realidade. O problema é haver mais realidade do que aquela que já existe", vincou.
A 2.ª Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas (ONU), coorganizada por Portugal e pelo Quénia, decorre até sexta-feira na Altice Arena, em Lisboa.
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