Exames. Mais de metade das escolas "chumbaram" em Física e Química
Mais de metade das escolas secundárias tiveram, em 2021, média negativa no exame nacional de Física e Química, num ano em que as notas pioraram e a média nacional ficou abaixo dos 10 valores.
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País Ensino
Num universo de 636 escolas onde os alunos decidiram ir a exame na disciplina de Física e Química, houve 414 (65,1%) em que a média foi negativa, segundo uma análise feita pela Agência Lusa com base em dados disponibilizados pelo Ministério da Educação.
À semelhança do ano anterior, os estudantes do secundário voltaram a beneficiar das regras excecionais implementadas devido à pandemia de covid-19, que permitem que os alunos realizem apenas as provas finais que quiserem utilizar no acesso ao ensino superior ou para melhorar a nota interna.
Ainda assim, houve um agravamento significativo das notas, depois de em 2020 apenas 6,8% dos estabelecimentos de ensino terem 'chumbado' naquela disciplina, o que se traduziu também numa classificação média nacional negativa, que se fixou nos 9,8 valores (a média anterior foi 13,3 valores).
Com 32.811 provas realizadas, foi a pior classificação entre as disciplinas mais concorridas, em que pelo menos 10 mil alunos foram a exame, e a primeira vez desde 2017 com média negativa.
O 'ranking' elaborado pela Lusa, a partir dos dados disponibilizados pelo Ministério da Educação relativos aos exames do ano letivo 2020/2021, é liderado por uma escola pública, a Escola Básica e Secundária Escalada, em Pampilhosa da Serra, onde a única aluna a ir a exame conseguiu 17,5 valores.
Entre as mais bem classificadas, seguem-se duas escolas particulares: a Academia de Música de Santa Cecília, em Lisboa, e o Colégio Minerva em Setúbal.
Para reencontrar uma escola pública na lista é preciso descer até ao 23.º lugar, ocupado pela Escola Básica e Secundária Dr. Ferreira da Silva, em Oliveira de Azeméis, com 12,9 valores.
No ano passado, Coimbra recuperou o primeiro lugar entre os distritos com a melhor média a Física e Química (10,5 valores), seguido de Viseu e Porto. Já as escolas do estrangeiro e os distritos de Portalegre e Setúbal ocupam os últimos lugares.
As raparigas tiveram um melhor desempenho neste exame, com uma média de 10,1 valores contra a média de 9,5 valores dos rapazes.
Além de os exames não serem obrigatórios, no ano passado os alunos voltaram também a beneficiar de regras de classificação diferentes das habituais, em que apenas foram contabilizadas as respostas às perguntas obrigatórias e aquelas em que tenham tido melhor pontuação, ainda que o nível de dificuldade tenha sido maior por haver menos perguntas opcionais.
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