O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou, esta quinta-feira, que se vai manter o estado de contingência, pelo menos, até às 00h00 de domingo.
Depois de realçar as condições meteorológicas e a situação dos últimos dias, o governante revelou, após uma reunião que juntou também os ministros da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e Alimentação, que se entendeu manter o "grau de responsabilidade, o que significa manter a situação de contingência entre os dias 16 e 17, ate à meia noite do próximo domingo".
Nesse dia, durante a manhã, irá ocorrer uma reunião da Proteção Civil e, posteriormente, pelas 11h30, os membros do Governo voltam a reunir-se, à semelhança do que hoje aconteceu, para avaliar a manutenção do estado de contingência.
Já depois de esta tarde revelar que Portugal pediu ajuda a Marrocos - que se revelou infrutífera - , José Luís Carneiro acabou ainda por adiantar que o país também solicitou ajuda à França e Grécia. Contudo, França também combate vários incêndios no seu território e a Grécia está já a apoiar a Croácia e Albânia.
"França está também com incêndios florestais muito intensos. A Grécia a apoiar a Croácia e a Albânia. Como se vê, os meios são finitos em todos os estados da União Europeia. O que é importante transmitir é que os meios que o Estado dispõe estão todos em prontidão, todos mobilizados para enfrentarmos estes momentos tão difíceis", disse, deixando um agradecimento a todos aqueles que têm trabalhado no combate aos incêndios.
Questionado sobre a ausência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do terreno, o ministro justificou que a comissão que "elaborou um relatório sobre os incêndios de Pedrógão Grande entendeu recomendar ao poder político que se evitasse a presença nos locais onde operam os comandos distritais, os comandos locais, para evitar criar dificuldades a quem está no terreno a procurar ter toda a eficácia e eficiência possível em circunstâncias excecionalmente difíceis".
Desta forma, concluiu que era de "evitar" que o poder político, "independentemente do órgão de soberania", se deslocasse ao terreno.
[Notícia atualizada às 20h39]
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