Moreira diz que Mercado do Bolhão "é da cidade" do Porto
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, destacou hoje que o Mercado do Bolhão "é da cidade" e irá reabrir dentro de dois meses com novas artérias de ligação à envolvente, fruto de uma reabilitação "notável".
© Global Imagens
País Porto
"A cidade decidiu que o Bolhão era seu e que não queria um mercado concessionado", afirmou Rui Moreira, durante a apresentação da nova marca do equipamento, intitulada "Bolhão" e que começou a ser desenhada em 2018 por Eduardo Aires.
O Mercado do Bolhão, que reabre portas a 15 de setembro, encontra-se "mais adequado aos novos tempos", salientou o autarca independente, dando nota de que o espaço conta com novas ligações à cidade, entre as quais uma passagem intermédia que liga as ruas Alexandre Braga e Sá da Bandeira e uma entrada direta a partir da estação de metro do Bolhão.
Com um total de 81 bancas, 38 lojas e 10 restaurantes, o edifício acolherá em setembro "os seus elementos imateriais", isto é, os 87 históricos comerciantes, que volvidos quatro anos, deixam o Mercado Temporário, que será desmontado e devolvido ao proprietário.
No piso térreo, o espaço acomodará o mercado dos frescos e no piso superior os restaurantes, que, segundo o presidente da câmara, são obrigados por contrato a adquirir os seus produtos nos comerciantes do mercado. Já no exterior, ficarão as lojas, sendo que seis ainda se encontram por atribuir em concurso. O mercado conta ainda com um espaço "vazio" que, futuramente, acolherá outros mercados temporários.
"Creio que se conseguiu um projeto de reabilitação notável", destacou Rui Moreira, agradecendo ainda aos comerciantes por terem "confiado", mesmo depois de tantos projetos e promessas apresentadas que "falharam".
"Espero que o mercado perdure no tempo e vá além do meu mandato", salientou, observando que "afinal é possível devolver o Bolhão à cidade".
Além das novas artérias, a construção do túnel e a criação da cave logística vão permitir "libertar" a envolvente do mercado das operações de cargas e descargas, que muitas vezes condicionavam a circulação tanto de peões como de automobilistas.
À margem da apresentação, o autarca independente esclareceu aos jornalistas que até dia 15 de setembro "falta fazer muito pouco", estando a decorrer, de momento, "pequenas correções na sequência das vistorias realizadas".
"Já podíamos ter o mercado neste momento a funcionar, pelo menos aqui no piso térreo, as obras do exterior estão em obra, os restaurantes também, mas isso foi definido com os comerciantes que naturalmente não queriam mudar antes do verão", esclareceu.
Aos jornalistas, o autarca disse acreditar que os comerciantes vão gostar das novas instalações, ainda que durante quatro anos tenham trabalhado em espaços consideravelmente maiores aos do Bolhão.
"Mais faltava que no Porto não faltassem críticas (...). Não imagino chegar ao Bolhão e não haver alguém a reclamar comigo", admitiu o autarca, que vai assinalar a abertura do mercado no dia 15 de setembro, com o tocar do sino do Bolhão.
Pelas ruas do Porto será lançada, a partir de hoje, a campanha de pré-abertura do mercado, com o mote "É para sempre".
O mercado centenário, aberto no início da I Guerra Mundial, foi alvo de uma obra de restauro consignada a 15 de maio de 2018, prevendo-se, à data, um prazo de dois anos para a conclusão dos trabalhos.
A empreitada de restauro e modernização do Mercado do Bolhão foi adjudicada ao agrupamento Alberto Couto Alves S.A e Lúcio da Silva Azevedo & Filhos S.A por 22,379 milhões de euros, com um prazo global de execução de 720 dias.
A gestão da empreitada foi assegurada pela empresa municipal GO Porto, que ficará também responsável pela gestão do equipamento quando este abrir portas.
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