O jornalista, que viveu em Angola desde 1952, iniciou a sua atividade profissional no "Comércio de Luanda", escrevendo e fotografando os movimentos dos soldados portugueses em todas as frentes de guerra, entre 1961 e 1975.
Para acompanhar as operações dos militares portugueses em território angolano, Farinha frequentou um curso de comandos, outro de paraquedistas e aprendeu a andar a cavalo.
Considerado o único repórter de guerra português, fotografou e escreveu reportagens publicadas no "Comércio de Luanda" e mais tarde na revista "Notícia".
Essas reportagens foram em 2001 reunidas no livro "Guerra colonial, Um repórter em Angola", da autoria de Fernando Farinha e comentadas pelo escritor Carlos de Matos Gomes.
A fotografia do jornalista, fardado, serviu de capa para o livro "O Jornalismo Português e a Guerra Colonial", publicado em 2016 pela investigadora portuguesa Sílvia Torres.
Depois do 25 de Abril, Farinha foi de novo o primeiro jornalista português a percorrer as matas do leste de Angola, controladas pela UNITA.
Ao regressar a Lisboa foi para o "Diário de Notícias", onde permaneceu 21 anos e foi galardoado com quatro prémios. Também ganhou dois prémios do Clube Português de Imprensa.
Leia Também: Morreu o cantor Nolan Neal. Tinha 41 anos