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Grávida perde bebé em Santarém. Urgência onde era seguida estava fechada

Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia (UGO) do Centro Hospitalar Médio Tejo, em Abrantes, tem enfrentado constrangimentos nos últimos dias. Unidade já abriu um inquérito.

Grávida perde bebé em Santarém. Urgência onde era seguida estava fechada

Uma mulher grávida perdeu o bebé, esta quarta-feira, quando se dirigia ao Hospital Distrital de Santarém (HDS) por suspeita de início de trabalho de parto. A mulher era seguida em Abrantes, mas foi para aquela unidade por iniciativa própria, uma vez que o serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia (UGO) do Centro Hospitalar Médio Tejo se encontrava encerrado.

Ao Notícias ao Minuto, o HDS adianta que a mulher foi admitida ontem na Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, que "se encontrava a funcionar em pleno" e informa que a "equipa médica diagnosticou uma morte fetal in útero, uma situação clínica inesperada, cujos dados em concreto cabe proteger e respeitar".

O Conselho de Administração do HDS garante "que foram prestados todos os cuidados necessários após a sua admissão no serviço de urgência".

Aquela unidade apresenta ainda "as sentidas condolências à utente e à sua família e informa que tem estado a prestar apoio psicológico à utente".

"O Conselho de Administração reitera ainda a confiança, o empenho e a dedicação em todos os profissionais de saúde da instituição", acrescenta.

De acordo com a CNN Portugal, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) já abriu um inquérito ao sucedido, informação que foi confirmada por fonte oficial à agência Lusa. 

Fonte oficial do CHMT disse à Lusa que a mulher, embora residindo num concelho da área de influência desta unidade hospitalar, não estava a ser seguida pelos serviços de Ginecologia e Obstetrícia de Abrantes.

Confirmando que a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia da unidade de Abrantes se encontrava em contingência na quarta-feira, a fonte afirmou que, se a grávida se tivesse dirigido a este serviço, teria sido avaliada pela equipa que assegura a resposta às utentes internadas e às situações de emergência e que é constituída por uma médica obstetra e três enfermeiras.

Segundo o CHMT, a grávida nunca foi encaminhada para a unidade de Abrantes pelos cuidados de saúde primários, existindo apenas um registo de um pedido de um exame de rotina para avaliação no final da gravidez, realizado no passado dia 18.

"Se não existisse este registo, não teríamos sequer aberto o inquérito", disse, salientando que este decorre porque a instituição "não tem nada a esconder".

Segundo o Portal do SNS, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o Bloco de Partos de Abrantes estão condicionados desde as 09h00 de segunda-feira, devendo regressar à normalidade a partir das 21h00 de hoje. Já o Bloco de Partos do HDS está condicionado desde as 08h30 de hoje e até às 08h30 de sexta-feira.

Os condicionamentos a que as urgências de ginecologia e obstetrícia têm estado sujeitas nos últimos meses implicam que o serviço não admita grávidas encaminhadas por ambulâncias, mas possa admitir quem lá se dirige pelos seus próprios meios.

[Notícia atualizada às 17h30]

Leia Também: Urgência de Obstetrícia em Abrantes a funcionar sem constrangimentos

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