De acordo com a informação disponível às 22h30 no 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio que teve inicio às 15h25 em Casal do Ribeiro, concelho de Ourém, distrito de Santarém, mobilizava 567 operacionais, com o apoio de 167 viaturas.
Durante a tarde, o incêndio originou cortes de energia, obrigou à retirada de pessoas de uma praia fluvial e esteve próximo de habitações, com os bombeiros a realizarem defesas de perímetro, segundo as autoridades locais.
No fogo que lavra desde as 15h33 em Avessada, concelho de Mafra, distrito de Lisboa, encontravam-se no terreno, pelas 22h30, 454 bombeiros, com o apoio de 133 meios terrestres.
Hugo Santos, comandante operacional distrital de Lisboa, adiantou pelas 22h30 que o fogo encontrava-se com duas frentes ativas, mas com as operações de combate a decorrerem favoravelmente.
Apesar de admitir que as condições meteorológicas não estão favoráveis, devido à temperatura elevada, o responsável referiu, em declarações à CNN Portugal, que o objetivo é dominar o incêndio durante a noite e garantir depois que não existe nenhuma reativação.
Ainda no distrito de Lisboa, em Bairro, concelho de Alenquer, o incêndio que teve início às 15h41 mobilizava 110 operacionais e 35 meios terrestres.
Segundo a Proteção Civil, o fogo em Sanche, concelho de Amarante, distrito do Porto, também integra a lista de incêndios mais preocupantes, e mobilizava 107 bombeiros e 30 meios terrestres.
O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto explicou ao final da tarde que o incêndio florestal tinha duas frentes ativas mas sem infraestruturas em risco.
No total, nos 18 fogos ativos em Portugal continental às 22h30, encontravam-se no terreno 1.344 operacionais, com o apoio de 388 viaturas.
Em operações de consolidação ou rescaldo encontravam-se, pelas 22h30, 784 operacionais e 221 meios terrestres.
O ministro da Administração Interna adiantou hoje que o estado de alerta especial vermelho entrará em vigor na terça-feira nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu, anunciando o reforço da fiscalização pela GNR e pelas Forças Armadas.
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião, por videoconferência, com membros de outras áreas governativas para avaliar as condições meteorológicas e do risco de incêndio, José Luís Carneiro referiu que foi decidido "manter o nível de risco e de perigosidade nos termos em que vinha sendo feito até ao dia de hoje", tendo já ficado agendada uma reavaliação para quarta-feira.
Cerca de 120 concelhos localizados sobretudo no interior Norte e Centro do país apresentavam hoje perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A maioria dos concelhos do Norte e do Centro estavam em risco máximo de incêndio, o Algarve estava tendencialmente em risco muito elevado e quase todo o Alentejo em risco elevado de incêndio, segundo o IPMA.
O perigo de incêndio rural vai manter-se em risco máximo de incêndio no interior Norte e Centro do continente pelo menos até quinta-feira, prevê o IPMA.
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