Na cerimónia evocativa do 155º aniversário do Comando Metropolitano do Porto da PSP, a comandante daquela estrutura, Paula Peneda, depois de apresentar um "sucinto balanço" da atividade delituosa da área daquele comando, alertou os recursos humanos "são o fator mais crítico" na sua atividade.
"Neste momento, os recursos humanos são o nosso fator mais critico, já que a realidade é muito preocupante no que respeita aos efetivos policiais (...) E se por um lado temos défice de recursos humanos, por outro, queremos manter a tendência crescente de resultados, o que exigirá um esforço acrescido de todos os elementos que cá trabalham", alertou a responsável.
À margem da cerimónia, a secretaria de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, confrontada com o alerta de Paula Peneda, lembrou que serão integrados, em setembro, na PSP, 900 operacionais e que está prevista a entrada de mais mil no próximo ano.
"A direção da PSP distribuirá o efetivo de acordo com as necessidades de cada território (...) não estou a dizer nada de novo, estamos a definir uma estratégia integrada em segurança urbana para reforçar o efetivo e também estas admissões visam reforçar o policiamento de proximidade", apontou.
Quanto o balanço da atividade delituosa, Paula Peneda destacou o decréscimo de 4,5%, face a 2020, da criminalidade geral, mas com um "aumento residual" de 2,1% da criminalidade violenta e grave, que representa 4,8% da criminalidade geral registado por aquele Comando Metropolitano.
Segundo os números apresentados, em 2021 houve um aumento de 11% no número de detenções, que corresponde a 3484 detenções, sendo que até 30 de junho de 2022 foram feitas 2063 detenções (mais 14,8%).
Já sobre o ano de 2022, Paula Peneda destacou os números relativos à violência doméstica, referindo que no primeiro semestre de 2022 foram realizados 1.210 atendimentos, registadas 636 vítimas, feitos 251 Autos de Denúncia, 92 Autos de Notícia e 851 Aditamentos a processos já iniciados.
Foram feitos também 1.019 avaliações de risco, 596 Planos de Segurança personalizados para aquelas vítimas e atribuído o estatuto ode vítima a 1.092 pessoas.
O balanço apontou ainda que em 2021 o Comando Metropolitano do Porto da PSP fez 1279 exames a armas apreendidas e explosivos e em 2022 já registou 594.´
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