O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), através de uma nota publicada no seu site, deu conta de que na segunda-feira foi detetada, na costa continental portuguesa, um exemplar da espécie caravela-portuguesa, "depois de um período de ausência" da mesma.
De acordo com a mesma fonte, o animal, que tem vindo a ser avistado "com regularidade durante todo o verão na maioria das ilhas dos Açores", foi ontem identificado na praia das Maçãs, em Sintra.
Em causa está, segundo o IPMA, a espécie "que exige mais cautela" de todas as identificadas em Portugal. Isto devido aos seus tentáculos que podem chegar aos 30 metros de comprimento e que são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras.
"Por isso, é importante relembrar que não deve tocar nos tentáculos, mesmo quando a caravela-portuguesa aparenta estar morta na praia", avisou o instituto, na mesma nota.
De acordo com o GelAvista, programa responsável pela monitorização de organismos gelatinosos em toda a costa portuguesa, Açores e Madeira, caso toque numa caravela-portuguesa deve lavar a zona afetada com água do mar, sem esfregar. Depois, deve tentar ainda remover com uma pinça os possíveis vestígios do organismo que possam estar na pele.
Poderá também aplicar vinagre e compressas quentes (40ºC) sobre o local do contacto ou, eventualmente, procurar assistência médica - se "estiver em choque, com dificuldades em respirar ou se a dor persistir".
De recordar que esta é uma espécie que é influenciada por "ventos e correntes de superfície" e que apresenta um "flutuador em forma de 'balão' de cor azul e, por vezes, tons lilás e rosa", apontou o IPMA.
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