De acordo com a informação disponível às 9h no 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no terreno a combater os fogos ativos estavam 852 operacionais, apoiados por 258 viaturas e quatro meios aéreos.
O incêndio que deflagrou ao início da tarde de sexta-feira na freguesia de Espite, no concelho de Ourém, distrito de Santarém, era aquele que mobilizava mais meios, estando a ser combatido por 692 operacionais, apoiados por 214 viaturas e quatro meios aéreos.
Este fogo obrigou ao corte da circulação ferroviária na Linha do Norte desde cerca das 18h30, segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém. A circulação na Linha do Norte só foi reposta às 01h20 de hoje, confirmou entretanto à Lusa fonte oficial da CP -- Comboios de Portugal.
No distrito do Porto, um incêndio que lavra na freguesia de Canelas, concelho de Penafiel, mobilizava também 89 operacionais, apoiados por 26 veículos.
Entretanto, o fogo que deflagrou na zona da serra da Estrela, em 6 de agosto, no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, e atingiu também concelhos do distrito vizinho da Guarda já foi dominado, mas ainda mobilizava 597 operacionais, 199 meios terrestres e três meios aéreos para trabalhos de rescaldo.
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou na sexta-feira que o território continental vai estar em situação de alerta entre domingo e terça-feira, devido ao risco de incêndios.
"Tomámos a decisão de determinar a situação de alerta para os dias 21, 22 e 23 -- domingo, segunda e terça-feira -, com reavaliação na segunda-feira ao fim do dia, tendo em vista reavaliar a necessidade de manter ou alterar a situação de alerta. Toda esta circunstância se aplica ao território continental", afirmou o governante, após uma reunião na sede da ANEPC, em Carnaxide (Oeiras).
Em conferência de imprensa, José Luís Carneiro explicou também que a determinação da situação de alerta durante este período pressupõe "especiais limitações quanto ao uso do fogo, ao uso de máquinas e ao uso de trabalhos agrícolas, bem como no que diz respeito ao acesso aos espaços florestais", sublinhando que a utilização do fogo é apontada como causa em 54% das ocorrências, aos quais se juntam outros 10% de causas diversas.
O ministro assinalou os "momentos absolutamente extraordinários" em termos de combate aos incêndios, com enfoque nas atuais circunstâncias meteorológicas e ambientais em Portugal.
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