Ucrânia: Festival solidário espera sete mil pessoas por dia em Oeiras
O festival solidário 'Connect for Ukraine', que começa hoje em Oeiras, espera cerca de sete mil pessoas por dia, com as receitas a reverterem para o apoio aos refugiados ucranianos, vítimas da invasão da Rússia, disse à Lusa a organização.
© Getty Images
País Ucrânia
O festival, que decorrerá até domingo no Estádio Municipal Mário Wilson, é uma iniciativa da associação UAPT - Refugiados Ucranianos e o objetivo é "uma mobilização, uma energia positiva a pedir paz", explicou José Ângelo Neto, daquela organização não-governamental.
O arranque coincide com a celebração do dia da independência da Ucrânia, pelo que a organização do festival propõe, para hoje, a formação de uma bandeira humana da Ucrânia no recinto do festival.
Durante cinco dias, pelo festival vão passar cerca de uma dezena de grupos e artistas portugueses, ucranianos e do espaço da lusofonia, como Luís Represas, HMB, Aurea, Martinho da Vila, Matias Damásio, Anna Trincher, Iryna Fedyshyn e Oleksandr Ponomariov.
"A ideia foi fazer um pedido de apoio em termos de apelo à paz da comunidade lusófona. Tentámos unir várias culturas, unir povos com a cultura ucraniana", afirmou José Ângelo Neto.
Segundo a organização, o dinheiro da venda dos bilhetes reverterá "para o apoio a refugiados cá em Portugal e para compra de bens essenciais, alimentos e medicamentos, para envio para a Ucrânia".
De acordo com a Câmara Municipal de Oeiras, que apoia o festival, o bilhete diário custa 20 euros e o passe geral custa 60 euros, com a exceção de que "os ucranianos com estatuto de refugiados têm entrada livre".
A associação UAPT foi criada em fevereiro passado, poucos dias depois da invasão russa na Ucrânia, tendo organizado vários voos humanitários de retirada de cidadãos ucranianos do país, e apoiado, desde então, cerca de 6.100 refugiados, segundo contas de José Ângelo Neto.
Alguns desses cidadãos "já seguiram para outros países da União Europeia, conseguiram ter colocação mais rápida e apoios sociais maiores, porque cada Governo tem a sua política de apoio a refugiados".
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