"Novo pico de infeções" de Covid-19 é "previsível" na altura do Natal
O Coordenador do Núcleo de Coordenação do Plano de Vacinação contra a Covid-19 lembrou que, nos últimos dois anos, "o Natal e o mês de janeiro foram períodos muito difíceis".
© Pedro Correia/Global Imagens
País Coronel Penha-Gonçalves
O Coordenador do Núcleo de Coordenação do Plano de Vacinação contra a Covid-19, Carlos Penha-Gonçalves, reiterou, esta quinta-feira, a “necessidade” de ter a população com 60 ou mais anos vacinadas até ao Natal, uma vez que, tendo em conta os últimos dois anos, “é previsível que tenhamos de enfrentar um novo pico de infeções nessa altura”.
“Nós temos a experiência que, nesta pandemia, em Portugal, nos dois anos transatos, o Natal e o mês de janeiro foram períodos muito difíceis”, afirmou em entrevista à RTP 3. “É previsível que, este ano, tenhamos de enfrentar um novo pico de infeções nessa altura”.
O responsável sublinhou que o facto de a campanha de vacinação conjunta contra a Covid-19 e a gripe ter começado “mais cedo” do que o habitual tem a ver com a “vantagem” a que se assistiu no ano passado.
“O ano passado já vimos uma vantagem. Nós chegámos ao Natal com esta faixa etária que estamos a vacinar já muito protegida pela vacinação e isso depois refletiu-se muito positivamente naquilo que foi o pico que veio a seguir”, explicou, lembrando que apesar de terem sido registadas “muitas infeções”, houve “pouca incidência na doença grave e mortalidade”.
“Isso, em parte, deve-se ao facto de as pessoas estarem protegidas. É por isso que começamos a campanha este ano um pouco mais cedo, para ter a garantia que damos oportunidade a todas estas pessoas - que são as pessoas mais vulneráveis - de estarem protegidas antes do Natal para termos todos um natal mais tranquilo”, frisou.
Penha-Gonçalves afirmou ainda que a nova vacina contra a Covid-19 “tem um espectro de proteção mais alargado do que as vacinas anteriores", uma vez que "também oferecem proteção específica" para as novas variantes, inclusive a Omicron.
Além disso, apontou, a nova campanha tem “duas vantagens”: oferece proteção logo de início às pessoas e simplifica o processo de vacinação. “Estamos a vacinar três milhões de pessoas e levando as vacinas ao mesmo tempo, escusamos de as estar a chamar duas vezes”, disse, ressalvando que os utentes podem escolher ser administrados com apenas uma das vacinas.
O processo de vacinação teve início ontem e arrancou em cerca de uma dezena de pontos de vacinação de norte a sul de Portugal continental, devendo ser alargado a mais centros durante os próximos dias, com uma previsão de 200 mil pessoas vacinadas por semana até 17 de dezembro.
Os primeiros a ser chamados à vacinação serão os maiores de 80 anos com comorbilidades. São elegíveis para serem vacinadas as pessoas com 60 ou mais anos de idade, os residentes e profissionais dos lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados, as pessoas a partir dos 12 anos com doenças de risco, as grávidas com 18 ou mais anos e doenças definidas pela Direção-Geral da Saúde e os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.
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