"As medidas a desenhar de compensação dos danos e prejuízos serão iguais para todas as pessoas", disse a governante, que esta manhã visitou o município de Alvaiázere, no distrito de Leiria, onde em julho ardeu 20% da área florestal e cinco casas de primeira habitação, além de arrumos e alfaias agrícolas.
Segundo a ministra da Coesão Territorial, as medidas de apoio para a habitação, equipamentos, infraestruturas municipais, agricultura e floresta "serão iguais em todos os territórios" nacionais, desde "que se incluam nos critérios de elegibilidade".
"A única diferença em relação ao Parque Natural da Serra da Estrela - para o qual o Governo declarou o estado de calamidade, devido ao impacto terrível na biodiversidade -- é que naquele território vai ser desenvolvido um plano de revitalização", enfatizou.
O conjunto de medidas, "que não discrimina território", deverá ser apresentado no próximo Conselho de Ministro, "se tudo correr como planeado", juntamente com o relatório dos prejuízos, que esteve previsto ser apresentado na última quinta-feira.
"Posso garantir que o relatório dos prejuízos dos incêndios [deste ano] fará parte da ordem de trabalhos do próximo Conselho de Ministros e que estamos a trabalhar para que seja aprovado nessa reunião", frisou Ana Abrunhosa, que não levantou o véu sobre os montantes estimados, referindo que primeiro serão informadas as autarquias.
O presidente da Câmara de Alvaiázere, João Guerreiro, que chegou a pedir que também fosse declarado o estado de calamidade para o concelho, mostrou-se satisfeito com as garantidas dadas pela ministra da Coesão Territorial.
"Com esta reunião de trabalho conseguimos perceber que, não sendo através da situação de calamidade, o Governo está a fazer propostas em cada uma das áreas para dar resposta àquilo que são as ansiedades da nossa população", disse.
O autarca salientou que sai satisfeito "porque se percebe que existe esta vontade e dedicação" para que haja "ao dispor meios que vão permitir ajudar a população que tão atingida foi neste incêndio".
Instado a pronunciar-se sobre as estimativas dos prejuízos no concelho, João Guerreiro de Alvaiázere não quis revelar montantes, salientando que o apuramento dos valores foi efetuado através de índices "que são indicativos e que depois, caso a caso, terão de ser reajustados, e, nessa altura", conseguir-se-á "ter, com certeza, esse detalhe".
"São valores elevados, mas não temos um número redondo para atribuir", sublinhou.
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