O primeiro-ministro, António Costa, considerou, este sábado, que Manuel Pizarro, o novo ministro da Saúde, tem "todas as condições" para prosseguir com a "execução" do programa do Governo e a estratégia "de reforço" do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Esta declaração foi feita após a tomada de posse de Manuel Pizarro, a quem Costa agradeceu a sua "disponibilidade" para regressar a Portugal, e depois de deixar um agradecimento a Marta Temido, pelo seu "empenho" e pelo "serviço" prestado aos portugueses, sobretudo na pandemia.
Quero agradecer ao doutor Manuel Pizarro a sua disponibilidade para regressar a Portugal, regressar a um Ministério onde já serviu, e encontrar agora outra fórmula de servir a saúde dos portugueses, para além da sua própria qualidade de médico", disse.
Para Costa, Manuel Pizarro "tem todas as condições para prosseguir" a execução do "programa do Governo", dar "continuidade às reformas que estão em curso" e "prosseguir a estratégia de reforço" do SNS.
"Não só lhe agradeço a disponibilidade que teve para assumir estas funções, mas também desejar-lhe as maiores felicidades no exercício das funções", sublinhou.
Costa aproveitou ainda o momento para agradecer a António Sales e Fátima Fonseca, que cessaram funções enquanto secretários de Estado.
Questionado pelos jornalistas sobre o novo diretor-executivo do SNS, na sequência da aprovação, em Conselho de Ministros, do diploma que regulamenta o SNS, o Primeiro-ministro recusou-se a confirmar nomes, nomeadamente o de Fernando Araújo, e lembrou que esse mesmo diploma ainda tem de ser promulgado pelo Presidente da República, que acabou de chegar a Portugal após uma viagem ao Brasil.
A nomeação do diretor-executivo do SNS é da competência do Governo e depende, desde logo, de o senhor Presidente da República promulgar o diploma que o Conselho de Ministro aprovou", recordou, referindo que, só depois disso, é que poderão ser tomadas decisões "sobre a próxima direção executiva".
Já sobre o facto de o novo ministro da Saúde ser médico e interrogado sobre se essa foi uma forma que encontrou para "pacificar a guerra dos médicos com o Governo", o primeiro-ministro destacou que Manuel Pizarro "é um político muito experiente", para além da sua "própria experiência e qualidade como médico".
"Não é essa qualidade obviamente que determina a escolha de um ministro como ministro da Saúde", defendeu.
Quanto a algumas das críticas que têm sido feitas, nomeadamente às políticas de Saúde do Governo, Costa lembrou o "reforço" que tem vindo a ser feito no SNS, além daquele que está previsto, e notou que o programa do Governo foi "validado" pelos portugueses.
"O programa do Governo foi o programa eleitoral que apresentámos aos portugueses e foi nesse programa eleitoral que os portugueses votaram, portanto, é natural que aquilo que cumpra ao Governo fazer é executar o programa que foi validado pelos portugueses", afirmou.
Já quanto à escolha de Manuel Pizarro e às críticas que vieram da oposição, o chefe do Governo foi claro e deixou também algumas farpas.
"Têm sempre de encontrar alguma coisa para dizer e raras vezes são muito imaginativas", disse Costa, que destacou que "quando se toma uma medida e não se consegue reivindicar a medida é porque a medida é tardia" e que "quando se escolhe um membro do Governo" é uma "escolha verdadeiramente estranha" num Governo do PS ter sido escolhido "um elemento do PS".
"Diria que ficaríamos todos mais surpreendidos e provavelmente aqueles que votaram no PS teriam boas razões para criticar se em vez de ter nomeado alguém do PS tivesse nomeado um adversário do PS. Isso é que me parecia verdadeiramente estranho", rematou.
Recorde-se que Manuel Pizarro foi empossado, este sábado, ministro da Saúde pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa cerimónia que decorreu no Palácio de Belém.
[Notícia atualizada às 18h51]
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