"Portugal está fortemente empenhado, particularmente na região de Jitomir, que eu visitei, e que vai ser o local onde vamos fazer a reconstrução o mais rápido possível de escolas. Gostaríamos que as escolas estivessem prontas. Esperamos que as escolas estejam prontas para o próximo ano letivo", disse o ministro em Washington, à saída de um encontro com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
"Estamos a falar de escolas completamente destruídas, mas, independentemente das dinâmicas da guerra, é fundamental que as crianças da Ucrânia tenham possibilidade de continuar a sua vida escolar. E vamos trabalhar com as autoridades ucranianas para as apoiar nesse sentido", acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa.
Cravinho esteve no mês passado em Jitomir, na Ucrânia, onde discutiu com as autoridades ucranianas as possibilidades de apoio de Portugal à reconstrução desta região, particularmente centrado na educação e nas escolas.
Além do apoio para a reconstrução de escolas, na ocasião o MNE informou que as autoridades locais pediram ajuda também, conjuntamente com outros parceiros internacionais, para definir a base curricular para os alunos da região.
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou na quarta-feira que a União Europeia vai destinar "100 milhões de euros para construir escolas" destruídas pelas forças de Moscovo, ajuda que se junta aos "mais de 19 mil milhões de euros" de ajuda entregue à Ucrânia, incluindo equipamento militar.
Von der Leyen fez o anúncio durante o discurso sobre o Estado da União Europeia, perante o Parlamento Europeu e na presença da primeira-dama ucranina, Olena Zelenska.
Desde o início da guerra, adiantou, foram destruídas ou danificadas mais de 70 escolas e, citando Olena Zelenska, a presidente da Comissão Europeia contou que as crianças na Ucrânia vão para a escola com duas mochilas: a da escola e uma outra de emergência com água, material de primeiros socorros e uma muda de roupa interior.
"Imaginem o que é mandar as crianças para a escola e não se saber se voltam a ver-se no final do dia", disse aos eurodeputados.
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