A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, (ASAE) realizou, nos últimos dias, uma operação de fiscalização, de norte a sul do País, direcionada à cadeia alimentar - supermercados e hipermercados - designadamente ao nível da verificação da prática de especulação, obtido na venda de bens alimentares e não alimentares e, bem assim, na afixação e vendas com redução de preços.
Em comunicado, aquela autoridade revela que foram fiscalizados 292 operadores económicos (entre supermercados e hipermercados), tendo sido instaurados 16 processos-crime pela prática do crime de especulação (delito antieconómico) e 27 processos contraordenacionais.
"Destes últimos, destacam-se, como principais infrações, a falta de afixação de preços, o desrespeito pelas regras de anúncio de vendas com redução de preços, as práticas comerciais desleais, o incumprimento de práticas leais de informação (violação do Art. 7º do Regulamento 1169/2011), a prática de ações enganosas, entre outras", pode ler-se.
Dos 16 processos-crime instaurados pela prática do crime de especulação, um diz respeito a um pequeno retalhista, outro a um hipermercado e os restantes a supermercados de grandes insígnias da cadeia alimentar.
Dos produtos detetados, cerca de 88% são inerentes à área alimentar - leite, ovos, carne, massas, salsichas, batatas, cebolas, cereais, manteiga e bebidas.
Durante a operação a ASAE verificou ainda que, dos produtos detetados em preço de caixa na área alimentar, existiam variações de 1,16 % a 69,5 % (para cereais e massas) sobre o preço tabelado. Para os produtos detetados em preço de caixa na área não alimentar, as variações oscilavam entre 6,5 % a 27 % (para pensos higiénicos e papel higiénico) sobre o preço tabelado.
"Foram, também, notificados cinco operadores económicos, no âmbito das práticas individuais restritivas de comércio e determinada a suspensão de atividade a dois operadores económicos por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene", revela ainda a missiva.
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