Açores. "Relação interessante" entre doenças respiratórias e meteorologia

Dados utilizados em artigo científico foram obtidos entre 2008 e 2019.

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Natacha Nunes Costa
22/09/2022 12:19 ‧ 22/09/2022 por Natacha Nunes Costa

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Açores

Um artigo cientifico publicado este mês de setembro no 'International Journal of Environmental Sciences & Natural Resouces' revela que nos Açores há uma "relação interessante" entre as doenças respiratórias e alguns fatores meteorológicos ou climáticos.

O artigo em questão chama-se 'Weather and Air Quality Factors Contribution to The Hospital Admissions of Patients with Respiratory Diseases: Case Study of Faial Island' e foi escrito em co-autoria entre a meteorologista Fernanda Carvalho e a Delegação do IPMA nos Açores.

De acordo com uma nota do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), esta quinta-feira, no seu site oficial, o artigo "foca-se na análise dos fatores climáticos e da qualidade do ar no desenvolvimento e exacerbação de doenças respiratórias, no contexto insular dos Açores".

Os dados utilizados no estudo foram fornecidos pelo Serviço de Estatística do Hospital da Horta, Observatório Meteorológico Príncipe Alberto do Mónaco e Rede de Monitorização da Qualidade do Ar do Serviço Autónomo dos Açores e correspondem aos anos compreendidos entre 2008 e 2019.

As conclusões do estudo mostram assim, segundo o IPMA, "uma relação interessante entre os padrões de hospitalização e a sazonalidade de alguns fatores meteorológicos ou climáticos específicos como temperatura, ponto de orvalho ou vento". Além disso, a qualidade do ar pode contribuir para um maior número de indivíduos com patologias em estudo.

Dessa forma, o estudo, que é inédito nos Açores, pretende conhecer o impacto dos fatores atmosféricos nas admissões em serviços de emergência hospitalar e internamentos e visa não só rever o efeito das variáveis nas admissões hospitalares como também identificar lacunas no conhecimento, destacar futuras prioridades de investigação, contribuir para a sensibilização da população para a redução da exposição a potenciais agravantes de doenças respiratórias, melhorar a gestão dos internamentos e contribuir para o desenho de um possível sistema de alerta ambiental para doenças respiratórias.

Leia Também: Asma: Como identificar e tratar adequadamente

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