O Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) foi novamente alvo de um ciberataque contra o seu sistema informático, o segundo durante o mês de setembro.
A informação foi confirmada esta quarta-feira ao Notícias ao Minuto pelo Ministério da Defesa Nacional, depois da notícia ter sido avançada pelo Diário de Notícias. O governo acrescentou que "reportou ao Ministério Público a ocorrência de um ataque informático à rede do EMGFA".
Fontes contaram ao DN que o ataque à rede foi "grave", existindo a possibilidade de "extradição de documentos e relatórios". Os danos do ataque ainda estão a ser apurados pelas autoridades.
O ataque confirmado esta quarta-feira é o segundo registado no espaço de um mês depois de, a 8 de setembro, o DN ter noticiado um "ciberataque prolongado e sem precedentes" contra o EMGFA, no qual documentos da NATO foram extraídos e publicados na darkweb.
O ciberataque causou preocupação junto dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e, na altura, o DN noticiou que foram mesmo os norte-americanos que detetaram a informação, que notificaram em agosto o primeiro-ministro através da embaixada em Lisboa, e que encontraram centenas de documentos da NATO à venda na 'darkweb'.
A pedido do PSD, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, vai ao parlamento no próximo dia 11 de outubro para responder às perguntas dos deputados, à porta fechada, sobre o ciberataque e sobre a segurança informática das forças armadas portuguesas.
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