"À partida, não há perigo". DECO garante segurança da fruta de outono
A organização mostrou-se preocupada com um relatório sobre excesso de pesticidas na fruta europeia, mas aponta para os "controlos regulares" da União Europeia e defende uso responsável de produtos químicos nas culturas agrícolas.
© Shutterstock
País Frutas
A DECO Proteste, a organização de defesa do consumidor, procurou tranquilizar esta sexta-feira os consumidores, garantindo a segurança da fruta de outono depois da divulgação de um relatório europeu, no qual se alertava que a fruta do continente está "altamente contaminada" com pesticidas perigosos.
Na quarta-feira, a organização não-governamental 'Pesticides Action Network Europe' (PAN Europa) explicou que grande parte da fruta testada pela instituição contém pesticidas ligadas au aumento do risco de cancro e outros problemas graves de saúde, incluindo peras (49%), uvas de mesa (44%), maçãs (34%), ameixas (29%) e framboesas (25%).
Num comunicado no seu site, a DECO admite estar preocupada com o relatório, salientando que "deve haver um trabalho de sensibilização para a redução de pesticidas, em particular os indicados como mais preocupantes, em toda a fileira, desde a produção até à distribuição".
No entanto, a organização portuguesa vinca que os pesticidas "são sujeitos a ensaios toxicológicos" e são muito verificados pela União Europeia, pelo que, em princípio, o consumo de fruta é seguro.
"Os pesticidas são produtos químicos que podem ser prejudiciais à saúde. Contudo, se em causa estiverem produtos homologados para utilização na UE e dentro do limite máximo de resíduos, à partida, não há perigo para o consumidor", explica.
A DECO acrescenta que ela própria fez um estudo, em 2021, para perceber se a fruta portuguesa cumpre os limites legais dos pesticidas, tendo concluído que "os resultados mostraram que quase todos [os produtores] estavam em cumprimento dos limites máximos de resíduos definidos na União Europeia: 38 dos 40 produtos analisados não acusaram desvios".
A organização de defesa do consumidor refere ainda que admite o uso de pesticidas para "reduzir a perda de rendimento das culturas agrícolas e combater pragas e doenças", além de melhorarem ou protegerem "o rendimento das culturas e, se forem utilizados de forma responsável, garantem ainda o abastecimento de fruta e legumes com boa qualidade e aspeto, a um preço reduzido, para que sejam acessíveis a todos os consumidores".
"No entanto, por serem produtos químicos, são potencialmente perigosos para a saúde e para o meio ambiente e não são totalmente inofensivos. A sua utilização deve, por isso, respeitar determinadas quantidades e condições", apela a DECO.
Leia Também: Fruta de outono (portuguesa incluída) "contaminada" com pesticidas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com