O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, considerou, este sábado, que a escolha para o Prémio Nobel da Paz 2022 “não podia ser mais oportuna”. Sublinhe-se que a distinção foi atribuída, ontem, ao ativista Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.
“O Nobel da Paz premeia defensores dos direitos humanos na Bielorrússia, na Rússia e na Ucrânia. A escolha não podia ser mais oportuna!”, frisou Santos Silva na rede social Twitter.
Ales Bialiatski, 60 anos, atualmente preso na Bielorrússia, fundou a organização Viasna em 1996, para ajudar presos políticos e as suas famílias, na sequência da repressão do regime do presidente Alexander Lukashenko.
Ao passo que a organização russa Memorial foi criada em 1987, para investigar e registar crimes cometidos pelo regime soviético, mas tem denunciado violações de direitos humanos na Rússia. Já o Centro de Liberdades Civis surgiu em Kyiv, em 2007, para fazer avançar os direitos humanos e a democracia na Ucrânia.
O Nobel da Paz premeia defensores dos direitos humanos na Bielorrússia, na Rússia e na Ucrânia. A escolha não podia ser mais oportuna!
— Augusto Santos Silva (@ASantosSilvaPAR) October 8, 2022
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, reagiu à atribuição do Prémio Nobel da Paz, considerando que mostra a importância dos direitos humanos na construção de uma paz duradoura.
“O fio condutor entre os três é a coragem e o combate pelos direitos humanos, não há paz sem respeito pelos direitos humanos, essa é a fundação dos direitos humanos e a atribuição do Prémio Nobel demonstra que o Comité Nobel está atento a esta realidade e quis premiar, com grande pertinência e sentido de atualidade três entidades que se têm destacado”, frisou.
Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que “o reconhecimento da persistente luta pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos, por parte de cidadãos e organizações da sociedade civil, em particular no momento sensível que atravessa a Europa, com a invasão russa da Ucrânia, constitui um justo tributo à coragem e à solidariedade que nos deve inspirar a todos”.
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