Dados enviados à Lusa indicam que 84 pessoas foram detidas este ano, mais 32 do que em 2021, sendo 2022 o segundo ano com mais detenções desde 2018, depois de 2020, quando foram detidas 85.
Segundo a PJ, em 2018 foram detidas 57 pessoas pelo crime de incêndio florestal e no ano seguinte 55.
Dos 84 detidos este ano, 79 homens eram homens, e 17% reincidentes, estando cerca de 60% sujeitos a medidas de coação privativas da liberdade.
Na semana passada, a Guarda Nacional Republicana (GNR) avançou à Lusa que deteve este ano 72 pessoas pelo crime de incêndio florestal, o maior número dos últimos cinco anos, sendo os distritos de Viseu e Vila Real onde foram feitas mais detenções.
Dados da GNR indicam que este ano foram detidas mais 20 pessoas do que em 2021, quando foram feitas 52 detenções pelo crime de incêndio florestal.
No total, estas duas polícias detiveram 156 pessoas, mais 52 do que em 2021.
Os incêndios rurais consumiram este ano 110.007 hectares, o valor mais elevado desde 2017, tendo sido o fogo da Serra da Estrela o que registou maior área ardida, com quase 25.000 hectares, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O ICNF dá conta que, entre 01 de janeiro e 15 de outubro, ocorreram 10.449 incêndios rurais que resultaram em 110.007 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (54.801 ha), matos (44.114 ha) e agricultura (11.092 ha).
Em comparação com o mesmo período de 2021, a área ardida mais do que triplicou, tendo as chamas consumido este ano mais 82.796 hectares, e os incêndios aumentaram 40%, ao registaram-se mais 2.997 fogos.
O ano de 2022 apresenta o quarto valor mais reduzido em número de incêndios e o quinto valor mais elevado de área ardida, desde 2012, de acordo com o ICNF.
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