As importâncias agora liquidadas reportam-se ao período compreendido entre outubro de 2015 e junho de 2018.
De acordo com o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), foram pagos, a associados seus, montantes que variam de enfermeiro para enfermeiro, que nalguns casos ultrapassam os seis mil euros.
"Nestes dois anos e nove meses, os enfermeiros em causa trabalharam 40 horas semanais, mas receberam uma remuneração mensal base igual à que foi paga a outros colegas que, tal como eles, foram admitidos mediante contrato individual de trabalho, mas a trabalharem 35 horas por semana", explica aquele sindicato em nota de imprensa.
Segundo aquela fonte, esses enfermeiros recebiam 1.201,48 euros mensais quando deviam auferir 1.373,12 euros e foi agora liquidada a soma dessa diferença remuneratória a 58 enfermeiros associados do SINDEPOR, "sanando assim um litígio que já foi alvo de pelo menos um acordo judicial".
A diferença salarial foi abordada por aquele sindicato em reunião realizada no final de setembro com a presidente do conselho de administração do CHBV, Margarida França, a enfermeira chefe, Lucinda Godinho, e a diretora de recursos humanos, Isabel Neves.
Nessa reunião foi assumido pela administração hospitalar o compromisso de que os montantes em dívida seriam pagos até ao final deste ano.
"Ficam saldados no final deste mês, por isso devemos salientar a lisura e seriedade com que este assunto foi tratado pelos responsáveis do CHBV", elogia Nuno Couceiro, coordenador da região Centro do SINDEPOR.
O sindicato adianta que vai agora diligenciar junto dos responsáveis do CHBV para que outros profissionais nas mesmas condições "recebam os montantes a que têm direito".
A Lusa tentou, sem sucesso, obter o esclarecimento da situação, junto da administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, que agrega os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja.
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