Vitória de Lula no Brasil? "Irá sem dúvida reforçar a CPLP"

Portugal e o Brasil podem agora voltar às cimeiras bilaterais em 2023, graças à vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras, congratulou-se hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.

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Lusa
31/10/2022 19:21 ‧ 31/10/2022 por Lusa

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João Gomes Cravinho

"Há algo muito promissor para o nosso país [na vitória de Lula da Silva]. Portugal não tem com o Brasil uma cimeira desde 2016. Anteriormente eram realizadas com regularidade, mas há seis anos que não temos", referiu o ministro.

"Serão sete anos em 2023, quando finalmente fizermos uma cimeira com o Brasil", declarou o chefe da diplomacia portuguesa, ouvido hoje no parlamento, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023.

Já na sua intervenção inicial, o ministro tinha usado o momento para "saudar calorosamente e felicitar o Presidente-eleito Lula da Silva pela sua vitória".

"Irá sem dúvida reforçar a CPLP", a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, afirmou João Gomes Cravinho, completando depois que esta eleição gera expectativas muito elevadas no âmbito da CPLP e das relações bilaterais.

O chefe da diplomacia portuguesa realçou que o retomar das cimeiras bilaterais vai permitir "analisar com profundidade e com empenho" o que liga Portugal e o Brasil, nomeadamente a nível económico, cultural e político.

"Gostaria de assinalar o que significa a eleição do Presidente Lula da Silva no avançar para o combate às alterações climáticas", sublinhou também Gomes Cravinho, referindo o anúncio que o Presidente eleito fez no seu discurso de vitória do objetivo de desmatamento zero, "que é o contributo absolutamente fundamental que o Brasil pode dar para o futuro do planeta".

Luiz Inácio Lula da Silva, 77 anos, foi eleito no domingo Presidente do Brasil, com 50,90% dos votos, derrotando Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%.

Lula da Silva, que já cumpriu dois mandatos entre 2003 e 2011, regressa ao Palácio do Planalto.

Leia Também: Portugal continuará a "contribuir solidariamente" para defesa da Ucrânia

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